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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Medo

Anderson Tomio

medo 

Este “ser” , invisível, imprevisível,

que mexe com a mente, que assola corações.

Loucura, somada a sanidade, um flash,

relapsos de coragem , colapsos de incapacidade,

que fecham as garras tenazes, sufocam,

a respiração que ofega.

Ser cruel és tu, o medo!

Que me assolas nas horas em que me encorajo, viver,

no tempo em que ouso, ser.

Quem tu pensas que és, o que tu pensas que podes?

Diante do amanhecer me vejo tão grande,

mas se me afrontas, reduz-me, encolho.

Porque queres tomar conta de mim?

Que vais ganhar tendo-me seu refém?

Larga-me e segues teu caminho,

procuro o meu, sem atalhos,

pois neles tu se escondes.

Como vento sutil, me entornas,

como álcool inebria-me,

e igual a noite,

colocas me o véu, cobre-me o olhos.

Deixo de ser, paro onde estou, ou mesmo recuo,

porque somente tu me conduzes.

Mas não entendo porque permeia-me

porque em mim se instalasses, me contas?

Ser do bem, ser do mal, não sei qual discernir,

mas sei, que me detém, freia-me,

circundando meus passos como quando

aprendera à andar.

Se tento ser mais forte, pulso, acelero,

me tiras o ar, me fazes suar, acabas comigo.

Se me rendo, desmonto, caio ao chão,

desabo em prantos, por não ter te vencido.

És cruel ó medo!

Que tenho medo, me tens medo,

nos temos, eu tentando,

você me tendo, cercando-me,

permeando minha mente,

fazendo que eu seja fraco,

outrora tão forte na eminência de te vencer.

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escrita em 28/09/2010 – 19:05 h

Imagem:blog.cancaonova.com

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Um comentário:

  1. A função do medo é instalar o Pânico, mas ele resiste e persiste até que sua vítima conscientiza que ele é uma sombra fraca... minando sua força.
    Parabéns

    Bjsss

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