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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Qual sabor da Vida?


Por Anderson Tomio

Quais os sabores que a vida pode lhe dar?


Muitas das vezes teimamos em sentir o sabor de algo que ainda não foi permitido provar e a vida nos cobra por isso. Mas você poderá me dizer, que a vida é breve, e comumente dita como um sopro. De fato!
A vida é mais breve que do que se espera e seus momentos tão rápidos feito raios de luz.

Mas e o sabores?

Os sabores que devemos provar da vida, são os sabores do contentamento.
Sentir o gosto do sorriso alheio, do fazer bem, de ajudar alguém em dificuldade, de ser nem que seja apenas companhia. Que tempero mágico nos tornamos na vida de outro se nos permitimos sabores e dar o sabor de ser amado, de ser querido e respeitado enquanto ser humano.

Ah essa humanidade!

Quando falamos em humanidade, pensamos logo nos habitantes do planeta terra, os seres humanos, a espécie homo sapiens. Mas já chegou a pensar o que a palavra humanidade pode representar?
Em definição no google temos:
humanidade
substantivo feminino
1.    1.
conjunto de características específicas à natureza humana.
"a animalidade e a h. residem igualmente no homem"
2.    2.
sentimento de bondade, benevolência, em relação aos semelhantes, ou de compaixão, piedade, em relação aos desfavorecidos.

E é justamente no item 2 dessa definição que quero chegar.
Sentimentos!
É através dele que experimentamos os sabores da vida. De acordo com eles podemos instantaneamente sentir o doce ou amargo. Quando não sentimos de imediato, há no universo energias que atuam como eco, que se propagam, emanam e acabam retornando.
Sabe o que você tem emitido?
Além do sabor que você tem permitido que a vida lhe mostre, qual o som que você poderia ouvir da vida se os ecos do que fazes voltar ao seu encontro?

Loucura?

Poderia ser, mas neste momento qual o sabor que você está sentido?
Pode ser o doce, concordando com o que lê, pode ser o amargo, me dizendo que tudo é pura bobagem, ou ainda uma mistura, cerceando os meus pensamentos com os seus e criando um novo conceito.

Que delícia!

Aprender tem o sabor da leveza!
O meu sentimento de abertura, de revelar o que penso emana o sabor da satisfação em compartilhar um pouco de mim.
Mas o que os sabores, a humanidade e os sentimentos o que tem haver neste momento?
Ingredientes! Sim podemos assim chamar cada um deles de ingredientes, e que estes são responsáveis pelos sabores que podemos vir a provar na vida.
O amor é doce! A ingratidão é amarga! O rancor é fel!
Já percebeu que quando alguém lhe surpreende com algo bom, uma ação, uma surpresa, o seu sorriso parece além de demostrar o momento feliz, mas expande-se pela boca lhe dando no seu paladar um sabor adocicado.
Pode parecer estranho, mas se você tem em si a humanidade como sentimento, você sente os sabores que a vida lhe presenteia todos os dias.
Poderia ser apenas uma figura de linguagem afirmar que sorrimos pelos olhos e o amor tem o sabor doce feito açúcar.

Em caso de dúvidas, uma pitada desse sentimento ao dia não lhe fará mal.
Amor: use sem moderação.
Amor: o principal ingrediente da vida.
E hoje, qual será o sabor que gostaria de provar?

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Dicionario: Palavra Humanidade - pesquisa google.



segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Voar!





Maratona cega de caminho desvairado,
Andar e correr ao sabor do vento, feito pipa que se eleva acima do infinito,
Voar, dançar e sacolejar ao sabor do vento, flutuar feito pena e se perder na altura,
E ver que la de cima tudo é belo, tudo é pequeno, a vida, o lar, pessoas e coisas, tudo somem a medida que me vou com o vento.
Sem freios, sem garras, sem peso, me deixando levar e sendo carregado ao sabor de uma direção qualquer, sem inicio, sem meio e sem fim.

Apenas voar! Apenas ir! Partir


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Imagem: 
https://images.app.goo.gl/P7CbLzHLoCVVt7G97

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Por pensamento....


Anderson Tomio


Ontem nem previ o que no hoje pudesse acontecer,
Nem mesmo pensava que o fim de uma jornada estava tão próximo,
Eram coisas costumeiras, afazeres bobos de um cotidiano de preocupação e entusiasmo.
Realizações que estavam por acontecer, sonhos que a caminho de se concretizar viram fato.
Mas havia dor! Mesmo com a felicidade em meus dias, em alguns momentos a dor era inevitável. Não por nada ou por culpa de alguém, mas a dor existia.
Muitas das vezes me lamentei por fazer os que amo sofrerem comigo e por mim, já em outros momentos eu acreditava que tudo que sentia era somente meu, que não interferia na vida dos outros.
Puro engano! Todo amor que eu tinha ao meu redor, todo carinho ao qual eu era cercado me preenchiam até uma parte, mas ainda assim existia resquícios de dias que passaram cinza.
Não sei ao certo o que sentia, minha cabeça entrava em um turbilhão de pensamentos que por muitas das vezes eu quis partir. Deixar tudo! A partida para um outro plano, para o outro lado da vida.
Hoje agradeço por não ter tido a coragem em fazer tamanha besteira, porque parti de forma mais compreensível, mesmo sendo tão breve.
Não há escolhas ao que já temos previamente escrito! Sim, há rabiscos de nossa vida que já foram esboçados muito antes de habitarmos a parte terrena.
Muitas e em quase todas as ocasiões ajudamos a decidir como será e assim planejar todo um amadurecimento e aprendizado neste período.
Não há recordações de como foi ou seria, simplesmente decorre dia após dia, como teria que ser.
Algumas vezes por nosso mérito conseguimos mudar algum desses rumos, mas nem sempre.
Há um horizonte além do que imaginamos, há sim um lugar para irmos e ficarmos. Aqui é bom!
Sinto-me como no primeiro dia de aula, ainda um pouco desconfiado de tanta novidade que nem imaginava que teria, mas tão feliz e disposto a vivenciar tudo que aqui for possível.
O lugar é lindo! Quanta paz!
Permaneci por um tempo, que não sei quanto foi, na espera. Parecia estar em um elevador, a espera que um dos lados ou portas se abrissem.
Abriu! Quanta luz!
Sinto-me recebido com alegria, mas entro com a timidez de quem tira o sapato para entrar na casa de quem eu sei quem é, mas não conheço direito.
Vou permanecer aqui, não sei até quando e tenho outros locais a conhecer ainda, mas eu sorrio, estou bem.
É muita novidade, mas também alguns protocolos a seguir.  Um pouco ansioso!
Quero poder ver tudo, conhecer tudo e de alguma forma fazer parte deste lugar bom.
É um recomeço!
Tudo de mim se armazena, faz parte de quem sou, mas é como se em mim coubesse mais, e quero poder viver o que eu puder.
A felicidade aqui abstrai qualquer dor que eu pudesse ter, há poucas feridas que devo curar,
E por sorte não me causei cicatrizes profundas. Aprenderei a curá-las!
A casa aqui é maravilhosa! Já me sinto acolhido.
Paz e bem!

Escrita em 14/08/2019 as 12:55**

_____
**O texto acima me veio em um momento de pensar, de analisar, após o falecimento de meu irmão. Poder de alguma forma ser um alento, mas escrevi as palavras que me vieram a cabeça, somente isso, nada mais. Por imaginação ou intuição, mas são estas palavras que vieram.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Re - Ciclos ( A arte de transformar a percepção do mundo)



Por Anderson Tomio

As vezes estou aqui, mas desejando estar lá, em um lugar onde eu não saberia dizer, mas imagino estar.

Quantas das vezes somos assim, estamos assim, querendo algo que na verdade não soubemos onde está, o que de fato deve ser.
A busca!
Essa inconstância de sentimentos e necessidades reais, provindas de um mundo dinâmico e que constantemente está em mudança, em adaptação e resiliência.
O mundo resiliente? Sim, feito curso d´água que contorno obstáculos ou busca saídas para poder dar vazão a seu destino.
O destino!
Este que muitos dizem estar traçados, escrito ou mesmo chega sem aviso prévio, e de fato chega.
Um voo dentro do subconsciente, uma análise do mundo exterior, e o desejo de estar no lugar onde não saberia dizer, é sonho.
Sonho!
O lapso de tempo ao qual se quer materializar, fazer acontecer e tornar real, e assim, o lugar em que gostaria de estar vai ficando mais perto, concreto e nele você está.
Ciclos!
Desejando estar em lugar, buscando na inconstância de sentimentos, a resiliência, traçamos nosso destino, voamos, vamos além de partes, fases e etapas ao qual nem imaginávamos ir. E lá, na conquista, o sonho que permite que sejamos inteiros, pensantes e preparados para outro ciclo. Sim! Não acredite que tudo seja estagnado. A vida se renova em cada instante com a sua força, com sua garra.
O lugar onde eu ou você gostaríamos de estar se chama perseverança!  


sexta-feira, 12 de julho de 2019

Não durma!



Anderson Tomio

O que pensar quando as luzes se apagam, a noite chega e o sono não vem?
Por alguns instantes o vazio toma conta do momento e tudo incomoda, desde 
o rolar de um lado para o outro na cama e a luz que entra pela fresta da cortina.
Vaga, toma uma amplitude, se contrai na espuma do colchão indo quase o chão
e se projeta, abre os braços e toma conta do universo, pensamentos decolam!
Mas o que pensar quando o sono não vem?
Agora o universo habita na mente, o mundo gira em um segundo e dele nos vemos como atores, precursores, ativos e passivos do momento que vaga.
Deito para direita, o pensamento se inclina para algo que nem tinha percebido. 
É como se passássemos a fazer o controle de qualidade do que vemos e do sentimos.
Mas não fazemos?
Há um abismo entre o sono, de cansaço e reconforto e a insonia que desperta sentimentos, analises e nos dá outra visão do mundo.
Sim! Na ausência do sono viramos críticos de nós mesmos, juízes de situações e decisões tomadas, o novo mundo se abre, a consciência se amplia.
Calma! Dormir faz bem! No sono armazenamos as memórias do dia, alocamos cada uma em seu lugar para fácil acesso e lembrança.
Colapso! Não dormir nos deixa confuso nas memórias, muda nosso estado de humor, mas nos faz tão analíticos da mesma forma que o estudo à uma tese de mestrado.
Na ausência da luz, aprendemos a iluminar os nossos caminhos!
Conforto! Na falta dele, as portas abertas de uma fortaleza!
O abismo, lembra dele? O voo que o transcendeu já aconteceu, você se irritou por não dormir, se viu de um lado e de outro da cama e por um segundo bocejou.
Hoje, por hoje, seja do lado de cá, do lado de lá, em que lado e posição você escolher, com coberta ou sem, entregue-se a viagem de voar.
Não percebeu uma coisa, ou percebeu?
Quando vagamos na insonia e pensamos em tudo antes de adormecer;
 percebeu que tudo que era estranho torna-se simples? 
O caminho é esse!
Calma, não me refiro a não dormir, mas ao pensar!
Despertar!
Que o sono, não só do corpo, mas das percepções, despertem e custem adormecer.
Dormir sim, fechar os olhos, não!
 A mente aberta não dorme, repousa e descansa.
A mente que dorme é como lâmpada que não acende e  nada ilumina.
Mas do que eu falava mesmo? O que eu deveria pensar?
Sem roteiros! 
Apague a luz das expectativas, acenda a luz da realidade!
O caminho requer tato, mas nem por isso deve se fechar os olhos.
E o sono que não vinha, lá no incio e trazia pensamentos, projetava o voo, onde está?
Despertou! O voo ocorreu, mas agora com mente alerta e olhos abertos!
Não durma para a vida!

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imagem original:https://br.blastingnews.com/curiosidades/2017/05/6-dicas-do-que-fazer-quando-nao-conseguir-dormir-001709267.html

quinta-feira, 25 de abril de 2019

9 anos - Nove anos do Blog Anderson Tomio - Junto e Misturado



Por Anderson Tomio

Nove anos!
O que pode acontecer nesse tempo?
Quantas coisas ao redor tomam formas, cores, exalam cheiros, evaporam!
Quantas coisas?
O tempo é decorrente, vai adiante, segue seu curso nas mais diversas complexidades das medidas, sejam frações, segundos minutos, horas e anos. Ele voa!
No acordar e adormecer desses dias, nem sempre pisamos o mesmo chão, ou nem sempre sentimos ele como deveríamos sentir. Perdemos no automatismo a sensibilidade do tato, do cheiro e do olhar. O tempo deixa de ser importante e passa a ser algo que acontece como mágica. Instantâneo!
E quando tempo foi mesmo?
Ah sim nove anos e nessa lacuna do espaço os ajustes, os acertos, erros, e não menos que se estabelecer. Pode dizer, esse é meu lugar!
Aqui leio, aqui escrevo, me findo e me renasço a cada parágrafo, a cada letra, e nelas imprimo um pouco de mim.

Revelar-se!

Deixar vir à tona o que os vincos que o tempo deixam no registro da pele, dos cabelos e o meu eu. 

Amadurecer!

Sim o tempo tem essa função! Nele podemos ser, deixar de ser, nascer e partir, rever e ver o que de fato estamos nele, e com ele planejando, fazendo ou simplesmente deixando de lado.
Ah o tempo! Quanto era mesmo?
Muitas das vezes ele assim como o que fizemos ontem, deixa de ser lembrado. Se perpetua em um local como uma gaveta de meia soltas, ao qual você procura o par, e dificilmente o encontra. 

Destreza!

Habilidades somam-se aos delírios cometidos, misturam-se ao riso e ao choro e nesse mix, amadurecemos.
Nove anos! Nesse tempo contado, o amadurecer do corpo e da mente.
O gosto pela leitura, o prazer pela escrita, o amor em unir os dois e se aspergir pelo espaço lançando letras, palavras e a alma. Buscar, ser e tornar inefável.
E assim, nove anos, e por este tempo a vida que se ganha, os sorrisos que se dão e os nascimentos que ocorrem. Escrever é nascer a cada parágrafo, desvirginando nas letras o que se quer dizer.

Leia-me!

Então é 26/04/2019, aniversário, celebração, momento de contemplar o próprio tempo. Felicidade!
Desta forma resumo, o que sinto, nas letras, nas palavras e no que me entrego a cada novo escrito. 

Feliz!

Obrigado a cada leitor, a cada visitante do blog, carinho especial aos seguidores. Obrigado por estarem comigo. E esse um dos motivos do nome do blog Anderson Tomio – Junto e Misturado, um pouco de mim e de você, um pouco do que leio e muito do escrevo,
Assim é Anderson Tomio – Junto e Misturado – Ano – 9
Parabéns a nós por termos chegado até aqui.

Adiante!!!

terça-feira, 26 de março de 2019

Seu bosque!





Joana entrou no bosque que dava acesso a pequena casa do lago. Parou em meio a vegetação e sentiu o perfume que exalava. Uma mistura de pinus silvestres das árvores com o musgo do campo. Sentou então ali mesmo, perto de uma das árvores e silenciou a mente.
Pensou! Cantou! Falava consigo!
Sua voz interior lhe dizia que era uma garota feliz, que suas qualidades eram surpreendentes!
Sorriu por diversas vezes, e em algum momento soluçou devido ao choro. Seu interior vertia pelos olhos um mar da angustias que sentia.
Cobranças! Pressão! Modelos!
Por quantas vezes temos em nós a Joana, que busca silenciar sua mente e falar consigo mesmo?
A natureza é mãe, é acalento, nos ouve, nos eleva e nos aponta caminhos.
Flores, arvores, nas praças ou nos campos temos um oásis que muitas das vezes é nossa própria varanda no apartamento.
 Olhar o horizonte!
Saber que quando adentramos no bosque, entramos na verdade em nosso íntimo, em nosso claustro onde nós somos o que realmente somos.
A alma desnuda-se!
Revelações! Tantas vozes internas, uma reunião de nossas personalidades, as presentes e as passadas, nossa essência!
Pensa, canta e fala, mas que agora ouve e também lê e escreve.
Sente-se como o avesso, onde os fiapos do tecido aparecem, assim nossos fiapos, nossos nós e nossa costura e remendo fica claro, tudo aparente.
Remendar-se! Reconstruir-se!
O bosque é você e já pensou o que quer plantar e qual fertilizante vai usar?
A fé? A ação? Estes os mais poderosos de todos.
Adentre ao boque! Plante! Semeie!
Deixe que você cresça, que emane seu perfume e sua energia.
Seja você!

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Imagem original:apontador.com.br/local/sp/guarulhos/parques/C408001813084E0844/bosque_maia.html

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Sinos da Alma


Por Anderson Tomio


O sino ecoa ao vento,
ouço vibrar feito as batidas de meu coração,
o som corre a frente, o silêncio vem logo em seguida.
E paro, fico diante dos dois, fecho meu olhos,
ouço somente a vibração e o vento que toca meus ouvidos,
e me envolve dançando sobre minha pele,
que arrepia da cabeça aos pés.
Vibra, toca, soa, o som do sino,
o som de meu coração entra no compasso,
e me deixo levar pelos acordes
e pelo ritmo que sincroniza as batidas de meu coração.
O silêncio faz seu solo,
e somente ele permanece durante um tempo,
e ao fim do tempo, abro meus olhos e contemplo o horizonte
que anuncia que o dia finda,
revelando as cores do entardecer.
Abro meus braços olho ao alto e me percebo como cruz,
descendo meus braços em lado ao que sou, viro obelisco.
Os pés flutuam, o corpo se inclina para frente e torno abrir os braços
num mergulho ao horizonte.
O som se torna forte, vibra, ecoa, toca meu rosto,
remexe todo meus cabelos e alia-se as batidas do coração
que a esse momento estão compassadas a minha respiração.
Propulsão para o infinito, trilha sonora do sagrado, me percebo em voo,
e vou ao céu onde abaixo de meus olhos, o mundo.
O dia que finda e me sinto pleno, feliz e seguro.
Um novo eu, um novo mundo, descobrir-se e seguir na viagem do meu eu
que vibra ao som das batidas de meu coração.
Me sinto grande, tudo é superado,
a felicidade e a paz interior se instalam,
e como águia, voo alto,
e observo um mundo de que um dia fiz parte.