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terça-feira, 26 de abril de 2011

UM ANO DE BLOG

 
**Postagem publicada dia 26/04 e  editada dia 30/04/11 – 20:30h

já consta o resultado do sorteio realizado

em comemoração ao aniversário do blog.

 

1ANOblog
 
Sabe quando você lança uma semente de forma despretenciosa, mas ainda assim tem o desejo que ela germine e se torne uma bela árvore? Pois bem, foi isso que fiz há um ano. Resolvi partilhar em um blog alguns de meus escritos, já que minha gaveta já estava repelta de pastas e cadernos com tantas criações. Achei melhor lançar a semente, que antes era somente um pequeno Bolsai que de forma tímida enfeitava linhas e mais linhas dos papeis aos quais eu escrevera desde o meus 13 ou 14 anos. No começo usava um caderno, escrevia a mão, folhas e mais folhas de cadernos universitários. Depois passei a rascunhar e passar a limpo utilizando folhas oficio em que eu datilografava numa velha maquina de escrever. O tempo foi passando, e acabei tomando gosto por escrever a mão livre, o que me possibilitava liberdade e pensamento rápido não perdendo o que me vinha a cabeça. Raras vezes um amigo ou conhecido lia o que eu escrevia. Sentia orgulho de mim, pois gosto de escrever, mas naquela época sentia vergonha de dizer que fazia poesia. Não parei, mas também não havia uma forma de eu expor ou mesmo mostrar o que estava criando. Engavetei todas! Assim os escritos permaneceram guardados, se juntando a criações mais novas. Por várias vezes pensei em fazer uma seleção e descartar o que eu não havia achado tão belo. E acabei fazendo por algumas vezes, mas não tive a coragem de jogá-las fora. Então selecionei entre as “boas” e as “ruins”. Minha vida foi dando voltas, pegou rumos, recuou, pegou outros, foi em frente, mas não deixei de escrever. Muitas vezes conversava comigo mesmo através do papel, nele deixava fluir minhas angustias e emoções, outras vezes dialogava sobre um assunto qualquer . Pode-se dizer que através da escrita, muitas vezes fiz terapia e fui “psicólogo” de mim. O tempo passou, até que chegou o dia e a hora em que pensei, o porque não por esses registros em um blog? E com pouca pretensão, com certo frio na barriga de ser mais rejeitado do que aceito, o blog nasceu. Foi uma semente lançada em 26/04/2010, uma segunda-feira, mais precisamente no meu horário de almoço, pois estava na empresa que trabalho. Embarquei na idéia e a cada nova postagem via o blog crescer, com arquivos, com visitas, seguidores e comentários. Fui ficando supreso, com o que acontecia a cada dia, pois percebi que havia algo de bom ao menos em alguma coisa que eu tinha escrito. Continuei, fui “regando a semente” que agora completa 1 ano e já tem algums ramos e folhas de aprendizado e amizade.
Só tenho a agradecer, a todos que visitaram ,(mais de 13.000 acessos e 360 seguidores) seguem, deixaram comentário e me incentivaram neste tempo fazendo com que hoje eu me sinta muitíssimo feliz em saber que as palavras caladas na gaveta ganharam o tempo e hoje ecoam pelo espaço, seja ele real ou virtual, mas o que importa é que estão lá.
MUITO OBRIGADO! MUITO OBRIGADO! MUITO OBRIGADO!
O meu pequeno sopro não apagou uma vela,
mas fez de uma pequena fagulha surgir uma fogueira!
 
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Para  presentear os leitores do blog, sortearei o livro “O amor me trouxe de volta” de Carol Bowman –
Ed Sextante –Isbn 978-85-7542-576-6 através do SORTEI-ME.COM .
O critério é o seguinte:
* Resider em território Brasileiro,
* Ser seguidor  do twitter @AndersonTomio
* retwittar a seguinte mensagem :
indico http://kingo.to/zCL sorteio 30/04 as 20h
(passam a concorrer – sorteio será realizado
dia 30/04 as 20 horas
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RESULTADO DO SORTEIO
 
Parabéns aos seguidores @DoisUrsos por terem  sido contemplados. Instruções de envio
do prêmio via DM
link do sorteio http://sorteie.me/1JW51N
RESULTADOSORTEIO

Foto meramente ilustrativa – capa do livro sorteado

oamormetrouxe

domingo, 24 de abril de 2011

A primeira postagem - 26 de abril de 2010

A semente foi lançada em 26/04/2010


Sonhar


Anderson Tomio



Sonhar um sonho

que vem na mente

quase real

ate mordidas de dente

parece arrancar tudo afinal

mesmo que não machuque

é uma ilusão ou sinal.



Nada pagas por sonhar

então feche os olhos e durma...sonhe

o sonho logo virá.

Se é triste é pesadelo

se alegre, sorria, ria

pois sonho bom é igual perfume

o vento leva.



Em meu sonho sonhado

lindas coisas sonhei

sonhei que tinha sonhado

com pegadas na areia

mas a onda apagou o sonho

que numa noite avistei.



Ficou marcado pra sempre

aquele sonho sonhado

que foi pequeno e rápido

mas não foi ultrapassado

não era um simples respingo

mas uma gota de felicidade.



Sou feliz porque sonho

e sempre quero sonhar

seja com o que for

ou de quem neles lembrar.



Isto sim,

quero viver o que tenho sonhado

e novamente vou marcar

pois se o tempo apagar

sonho...que o sonho se refaça,

a noite renasça um pequeno viajar.

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Technorati Marcas: primeira postagem,blog,poesia,incio,26 de abril de 2010

imagem: sampisaudavel.blogspot.com/

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Um pouco de rima

Anderson Tomio



Belas são as horas que passo,


Nem ouso vincá-las com fel

Deixo perfumadas com flores,

Umedeçe da vida ao meu céu.



Nem sempre me dás um sorriso,

Mas nem ouso a ti perguntar

Qual seria o derradeiro motivo,

Se meu céu já lustrei pra te dar.



Com todo brilho de luz reluzente,

Refletido nos olhos que vês

Eu nem digo que há tanta beleza

E delas nem preciso dizer.



Há na noite o perfume da dama

Misturado ao brilho do luar

Que poderia ser brega e insana

Mas é nobre vestimenta a usar.



Vens-me com olhar profundo e fixo,

Em meus olhos queres mergulhar

Enigmas que eu desvendo

Em teus lábios a encostar.





Belas são as noites sem horas

Perco-me no tempo e a razão

Com lua, estrelas e o vento

Embala-me ó teu coração.



Num beijo o tempo congela

A noite apaga a luz,

No escuro tateamos os corpos

E teu perfume seduz.



O que dizer do tempo e das horas,

Na noite que só você me importou

Agora manhã que aflora

Na noite que finda o amor.
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imagem original blazebio.com

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Desvaneios do entardecer…

Anderson Tomio

 

Ontem eu pensei no meu futuro,

um desvaneio louco ou pura sanidade,

mas não era o fim,

era o começo e recomeço de um amanhã,

via na vida o terrível medo de enlouquecer,

achei na morte o mais puro alento

pra me confortar, e parti.

Busquei nas estrelas a fagulha que me deu a vida,

busquei nos montes o perfume a me embalsamar,e achei

Vi nos olhos serenos a profundidade de um olhar

que me via na alma o que era antes de findar

o que eu tinha em mim  antes de empoirar,

minha essência revelada com meu caminhar.

E silenciei na esperar do que podias me dizer

querendo as palavras para um alento

a me tranquilizar, que a vida foi e a vida veio

para se revelar.

Nada é em vão, nem mesmo o grito num peito

a emudecer,

nada é efemero, nem a gota so suor que escorreu

nada, é o nada que só tem tudo e sabe o valor,

não é o fim , e recomeço, é trajetoria e vivenciar,

que o passado o presente e o futuro

só me pertence quando então eu partir,

que o agora é misto de um pouco e tudo

nesse meu caminhar,

que as plavras são soltas nesse meu interpretar,

interpreto a vida, vivo na horas desse entardecer,

sem meio, um fim que começa ao amanhecer

buscando o sol, que aparece depois do luar

e silencia, respira a brisa e encontra o mar

a vida que segue, o universo a rege

a música que ouço,

e o acorde que toca, num ressurgir,

as carminas, os fígaros, os boleros,

a me embalar,

e jogo aqui, minhas chances de então eu ser,

ser o presente  do ontem esperando o amanhã,

na tarde que finda, meu adormecer.

E sonho, me vejo num eterno voar,

percebo sou eu no céu a planar

e o sabor do vento que eu degustei

na brisa quente, tão terna,

que me acolheu, sem exitar,

me deixando ir, voei,

e nos braços do vento adormeci.

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escrito em 10/04/2011 – 18:49 h

Technorati Marcas: ,,,

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Ensaio sobre a razão, emoção e comoção de massa (traumas coletivos)

Por Anderson Tomio

Não lembro o meu passado, resolvi esquecer bem a parte que eu não gostei. Tinha ali um pouco de tudo, mas um rio corria feito turbilhão, rodando em circulo num movimento sem fim. Hoje não faço questão de lembrar-me de forma explícita, mas sei muito bem o que tem ali naquela “gaveta escura” e prefiro não revirá-la. Mas é inevitável uma coisa:

Dê que forma conseguimos esquecer momentos ruins de nossa vida?

Podem dar mil respostas! E acredito ser a mais numerosa delas, a de sugerir sobrepor o ruim com um momento e coisas boas. Boa tentativa!

Mas o que se sobrepõe sufoca o que está embaixo, mas não apaga. E assim, a meu ver, acredito que não conseguimos esquecer coisas ruins, marcantes, porque temos na nossa sapiência, em nossa característica, a de enfatizar o negativo e deixar o positivo pra horas de euforia. E a vida segue!

Frieza não é o que quero, nem muito menos, relevância, o que busco é pensar.

Rever a minha história, sugerir que você reveja a sua e encontre nas memórias segredos que você não mais lembrava, mas estavam ali adormecidos numa “gaveta escura” de sua memória. Usamos tantas formas de colocar o que foi ruim na gaveta, seja sobrepondo por coisas boas, seja evitando associar semelhanças ao fato, seja, simplesmente dizendo, que não se lembra dessa época.

Somos espertos, tentamos de algumas formas enganarmos nossa mente, mas ela ágil e rápida, Põe o que queremos na tal gaveta, mas cria um “backup” pra uma eventualidade que fará com que tudo venha à tona, como uma mola, de forma inesperada e veloz. São traumas que acordam.

Neste ponto, eu fico pensando nos traumas de massa. Nas dores e emoções em cadeia, que causam grande repercussão e ativam efeitos dominó.

Exemplo:

Vou citar dois na verdade, em questões diferentes.

· Morte do ex-vice presidente José Alencar

· Massacre na Escola Municipal Tasso Oliveira, Realengo/RJ

No primeiro caso, uma morte, onde o a vitima é vista como herói, porque buscava a cura ou a melhora pra quadros clínicos decorrentes do câncer, o que levou em tempo aproximado 16 anos e muitas intervenções médicas.

No segundo caso, também morte, mas agora de vários indivíduos crianças, que estavam em uma escola pra estudar. São alvejadas por tiros provenientes de arma de fogo que estava sob poder de um ex-aluno, que se dizia humilhado nos tempos escolares.

Não discordo que ambos os casos, são lamentáveis, mas um sobrepôs ao outro um “apagão” Houve comoção em massa no primeiro caso, ouve comoção em massa no segundo caso, e na sucessão de emoções, um fato colocou o outro na “gaveta escura” que se fará comover novamente a cada lembrança como se vivêssemos tudo novamente. Bom, devem estar me perguntando onde quero chegar..., pois bem aqui mesmo; que nossas lembranças ruins são sobrepostas de outras e camufladas na mente. Nesse ponto, podemos criar ou não o bloqueio, voluntário ou involuntário, mas na maioria dos casos, voluntário, mas de forma inconsciente. Quando afirmo isso, não busco em livros de psicologia ou mesmo de áreas que poderiam explicar como a sociologia e a antropologia, no sentido de estudarmos o comportamento social humano e a história do homem frente a isso de forma mental e física.

Meu ensaio, nada mais quer convidar você a refletir comigo, como nas questões coletivas, a vida em sociedade, se não nos “antenar-mos” somos levados pela maré. Seja ela de fato, coerente, ou mesmo um frenesi sem precedente. Os sentimentos de massa são perigosos. Podem ser, de revolta social político econômicas, de medo e insegurança, ser um canal de voz, as minorias que se tornam percebidas, vistas e atribuídas importância.

Sempre que ocorre algo assim, penso em quantos milhares de brasileiros nem se quer analisaram a situação ao qual se revoltaram e se sentem também revoltados pelo movimento que se apresenta. A massa gera massificação! Obvio, mas de muitos sentidos, sujeito a muitas analises.

Já refletiu? Pois bem, aja por você, expresse os seus reais sentimentos, e só faça parte da multidão, se ela estiver fazendo parte de você, caso contrário, reme contra maré e perceba nesse oceano.

Respeito ambos os fatos mencionados. Ambos que entristecem muito. Mas eu tinha que utilizar algo de relevância, algo com que você também possa ter visto e sentido, se não de nada valeria ensaiar.

Num breve resumo, buscar o entendimento de nossas emoções, serem também racional, porque as emoções nos impedem de agir de forma coerente.

É arriscado! Mas sei que amanhã muitos terão esquecido o massacre, como já esqueceram o ex-presidente e assim por diante. E o que fizemos?

Vimos tudo ocorrer diante dos olhos, fomos e somos testemunhas oculares da história e nem pra isso fazemos mudar o rumo de nosso futuro.

Deixo com o objetivo de instigar o pensamento, a pergunta:

O QUE VOCÊ QUER VER AMANHÃ NO NOTICIARIO QUE TERÁ CAPACIDADE DE ENVOLVER EM MASSA OS BRASILEIROS?

P.s: desafio mesmo é envolver grupos sem a mola das emoções.

Posso ter escrito algo que você não concorde ou tenha a acrescentar, mas de forma a expressar o que penso, ensaiei.

 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Entre laços…

Anderson Tomio

sera-que-os-opostos-se-atraem

Entre o sonho e a loucura,

um estalo,

entre o branco e o preto,

o cinza,

entre ao céu e o inferno,

a terra,

entre a vida e a morte,

o desejo,

entre eu e você,

a distância.

Meu sonho, chegar ao futuro,

a loucura, apreviar o tempo,

do cinza,

só os traços de meu grafite,

e no céu o desejo de voar,

o inferno nem quero pensar,

mas na terra permaneço,

meu habitar,

de mim, só um segundo

de você, uma eternidade

e os pontos se ligam,

o futuro chega,

o que era sonho,

acontece.

Juntos!

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escrito em 07/04/2011 – 19: 40

imagem blogdicas.com.br/fotos/