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terça-feira, 24 de julho de 2012

Riacho


 riosemcor
Anderson Tomio


Sem cor corre correndo o riacho
que desvia desviando no trecho
que rola rolando nas pedras o seixo
que liso ficara polido um espelho.

De brilho brilhante de lua de prata
caindo ao cair da tarde que finda
reluz relluzindo na água
que fica formada de forma ao espelho.

Bem leve levanta a poeira do chão
que voa voando aos voos de ida
não teme o temor do medo escuro
que termina encerra na tarde que finda.

E vai indo adiante na ida a caminho
sem rumo riacho que abriu rio acima
na queda que cai a cachoeira abaixo
deixando do céu ao azul violáceo.

Corando na cor de corais nao mais gris
ficando firme a forçares o leito
o rio que rasgou o rastro do seixo
agora se empunha querendo seguir.

E vai ó rio de veios profundos
oriundos do ventre de tua terrra mãe
segue a contento da vida que regas
espelho da face no brilho do céu.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pobres meninas...

Anderson Tomio

O mar queria tomar conta das minhas meninas,
mas eu como um amante inveterado, as protegi.
Coloquei-as por um instante na escuridão,
preservando-as de ver o  mundo que me fez sentir perdido.
Nao queira deixar com que vissem a origem desse mar,
dei pra elas momentânea reclusão,
mas permiti que embarcassem em meus pensamentos,
que sentissem só de leve o que eu sentira,
o que fervia em meu peito e transbordava por elas.
As dei força para conter o mar, mas mesmo assim
uma delas....distraída,  rendeu-se
e a lágrima rolou sozinha,
fria e sem rumo.
Dessa mesma forma que eu me sentira naquele momento,
uma gota perdida no horizonte,
um ser esquecido....pelo tempo breve,
mas não sozinho por completo.
As meninas me faziam companhia,
apontavam o horizonte,
e vibravam como um turbilhão,
com voz embargada, o peito que fervia,
no ritmo de um coração que acelerou,
mas que no pensamento eu desejava senti-lo parar.
O mar se foi,
as meninas viram por um tempo o mundo turvo, embaçado,
até que tudo secasse e voltasse ao normal.
A normalidade tornou-se um véu
que escondeu o que  fervia em meu interior.
e sem saber, havia o mar,
pobres meninas.....