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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Amor…antigo ou novo?

Anderson Tomio

camaepetalas

“eu sou aquele amante a moda antiga…..

….do tempo que ainda manda flores…”

Flores? Odeio rosas vermelhas, amo o amarelo”

Que?

O que você está fazendo, ao partir e me deixar só

esquecer do nosso legado que pretendemos contruir,

esquecer do ontem, nem se quer ver o hoje, assim?

Não quero nem pensar no amanhã.

Estou pela metade, porque você é uma parte de mim,

e está indo embora, não vá!

Serei pelo “meio”, meia vida, meio amor,

querendo ser teu, torna-se inteiro, torna-se único.

O vento leva teu perfume,

as velas todas choram ao fim do jantar,

restam um rio, as estalactites da alma, penduradas no castiçal.

Não queria falar das flores, 

mas essas enfeitaram nossa cama,

deram aroma ao nosso banho.

Será que foi isso?

velas, pétalas, incensos, já estão tao comuns nos “ninhos de amor”,

as separações também.

Mas porque?

A cada dia querendo me completar,

buscando contigo uma aliança, um elo,

mas nos tornamos somente argolas.

Estas podem estar próximas,

mas argolas não  se unem, são individuais!

Estou meio, sem o perfume,

no escuro das velas que queimaram,

sem falar no jardim, que das rosas,

só restarm as ramas…

Quanto tenho me dado,

quanto tenho ficado nas noites, nos dias,

ficado a te esperar, ficado sozinho em meu mundo.

Será mesmo que quero amar?

Dói pra arrumar um, dói mais ainda quando ele se vai.

Não há como regular sentimentos,

e num olhar, está se amando novamente.

Mais vezes irei acender as velas,

morangos e  a champagne no gelo,

e os aromas serão os mesmos.

Mas uma coisa sei que não….

ao olhar pra o lado, para minha frente,

verei você, diferente, não, até que meio pareceidinha com a outra,

mas está “valendo”.

Quando você dormiu, roncou, e quase colou o rosto

na baba que escorria de sua boca, no travesseiro

de penas de ganso, eu pensei…

As histórias sempre se repetem,

o amor não é criativo!

Já temos esteriotipado o amor em nossas mentes,

e como vamos demosntrá-lo a pessoa amada?

Um não será nada original, refazendo velho e falidos rituais,

e a outra, uma mentirosa dizendo que “ai amor…que lindo!”

como se fosse a primeira vez que tivesse tomado

champagne com morangos, e sentindo o perfume de

incensos de yang-lang pra dar um clima afrodisiaco.

Porque não somos originais?

Precisamos fazer mil rodeios pra demonstrar o afeto, o amor,

quando na verdade eu podia te mostrar que amo,

lhe dando um gole de café naquela minha

caneca de estimação, com desenho do snopp,

ou estando perfumadinho com o sabonete da promoção

que tinha no mercado.

Estarei limpo e cheiroso, e isso não mudou meu amor.

Tudo bem! eu paro.

Você deve estar achando loucura e nada romântico nisso.

Mas o ramantismo está na simplicidade e autenticidade.

Ninguem é um contante “publicitário”, que se mostra,

se divulga para amar.

O amor é falido, quando queremos voos muito distantes,

não percebendo-o ao nosso lado,e nem dando valor a gestos menos elaborados.

Se estamos enamorados, podemos sermos nós mesmos, puros,

sem medo de fazer feio, como aquele namorado- amante que antes de casar leva à pretendida

nos melhores locais, nos melhores motéis, mas e depois?

Nem o tapetinho da sala é lembrado, pra dar uma variada.

O amor não sobrevive a monotonia. Amar é inovar!

Quando não inovamos, é porque não nos damos mais conta da presença do amor,

tudo é igual, e as dores de cabeça, e o “dormir de bunda”  já não são fatos

a serem comunicados, viram comuns. O fato seria mesmo, comunicar que esta com tesão,

e que se quer amar e ter prazer.

Esse já seria um fato inusitado depois de anos.

Mas o amor,  muito além de tudo, é pra ser sentido, ser amado.

Enfim ele mesmo o amor, fonte de tanta inspiração, pode ser o vilão da história?

Não é ele, mas os enamorados, os amantes,

Podemos inovar, fazer diferente a cada dia, ou tentar novamente.

Mas uma coisa podemos deixar como está, ou não?

Para inovar não será necessário mandar rosas amarelas dizendo no cartão

que “eu te amo”, só porque ela gosta da cor amarela. Ama o amarelo.

Poxa se ela ama o amarelo, inove. Mande rosas vermelhas com o cartão

“eu te amo”. e surpreenda! Seja o vermelho, seja amado!

Amar é isso!

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Escrita em 15/09/2010 – 20:30 h

Imagem original:http://www.e-familynet.com

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