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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pelo jardim…

 Anderson Tomio

joaninha 

O orvalho caia ao amanhecer,

era uma úmida manhã de inverno,

as folhas encolhidas, queimadas de frio,

reservavam forças para viver;

e você nem se quer se deu conta,

que o orvalho lhe eram lágrimas,

que o frio queria congelar o tempo,

e só você era importante.

Veio a brisa, de leve soprou teu rosto,

ousou dar uma mexida em teus cabelos,

mas as gotas de orvalho agora,

escorriam caule  abaixo,

ou pingavam no gramado pelo balançar dos galhos,

mas nem o choro das plantas você  viu,

e na sutileza de ser coadjuvante perto de você,

a natureza seguia, e o orvalho molhou a terra,

fazendo uma nova semente germinar.

Por entre a névoa foi aparecendo o sol,

com sua poderosa luz abrindo espaço no horizonte,

aqueceu o broto, “chocou” a semente,

e a vida surgiu, num tímido ramo.

Surgiu um arco íris, vivo, real,

de cores tão intensas,

o arco completo, inicio e fim,

onde poderíamos fazer da fantasia à realidade.

Lá no fim, onde ele beijava o chão.

houve a magia, o orvalho secara,

a relva o tinha bebido, néctar da vida,

as flores se abriram e exalavam o perfume,

o sol mostrava-se mais alto, radiante sobre tudo,

e o horizonte amarelou, reluzia ouro,

durante o dia e bronze ao entardecer.

E você sutil toque deu a flor,

ficando so  com o  perfume em suas mãos,

os pés, ainda pisavam na relva que guardara algumas gotas do orvalho

a molhar- te o dorso e o calcanhar.

Sensação fria, choque de vida, despertar!

A natureza te convidou à comtemplá-la,

a dar-se conta que estava ali, sua,

desde que você também fizesse parte dela,

a comtemplasse e vivesse como perfume,

que exala pelo ar, mas que fica em locais,

impreguinam nas mãos do amado florista.

O teu toque na flor,

cocegas no dedo e um leve arrepio no braço,

a pequena joaninha  queria te conhecer,

como cego tateou tua pele,

sentiu você e depois voou pousando no hibisco.

Levou consigo o teu  perfume

trocou contigo a energia da vida,

e  a dispersou pelo jardim.

Tanta singeleza no descobrir o jardim,

no ser parte dele,

e se torna-se flor, torna-se folha,

e deixar no ar tua essência,

de amor à natureza,

transformando a tua lágrima em orvalho,

o teu sorriso em sol,

e a vida num espetáculo.

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escrita em 22/11/2010- 19:50 h

Imagem: gostodistonew.blogspot.com

2 comentários:

  1. Folhas queimadas de frio"
    É como o amor, é fogo que arde sem se ver....

    Belo texto!

    Bjinhos

    Mila

    PS: Leio e recomendo
    http://rafabernardino.blogspot.com/

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  2. oi Amigo
    saudades de dar uma escapulida
    por aqui

    E o orvalho encanta
    Aprecio o chão molhado
    piso nele..

    bjs
    BOA TARDE caro!!!

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