Anderson Tomio
O orvalho caia ao amanhecer,
era uma úmida manhã de inverno,
as folhas encolhidas, queimadas de frio,
reservavam forças para viver;
e você nem se quer se deu conta,
que o orvalho lhe eram lágrimas,
que o frio queria congelar o tempo,
e só você era importante.
Veio a brisa, de leve soprou teu rosto,
ousou dar uma mexida em teus cabelos,
mas as gotas de orvalho agora,
escorriam caule abaixo,
ou pingavam no gramado pelo balançar dos galhos,
mas nem o choro das plantas você viu,
e na sutileza de ser coadjuvante perto de você,
a natureza seguia, e o orvalho molhou a terra,
fazendo uma nova semente germinar.
Por entre a névoa foi aparecendo o sol,
com sua poderosa luz abrindo espaço no horizonte,
aqueceu o broto, “chocou” a semente,
e a vida surgiu, num tímido ramo.
Surgiu um arco íris, vivo, real,
de cores tão intensas,
o arco completo, inicio e fim,
onde poderíamos fazer da fantasia à realidade.
Lá no fim, onde ele beijava o chão.
houve a magia, o orvalho secara,
a relva o tinha bebido, néctar da vida,
as flores se abriram e exalavam o perfume,
o sol mostrava-se mais alto, radiante sobre tudo,
e o horizonte amarelou, reluzia ouro,
durante o dia e bronze ao entardecer.
E você sutil toque deu a flor,
ficando so com o perfume em suas mãos,
os pés, ainda pisavam na relva que guardara algumas gotas do orvalho
a molhar- te o dorso e o calcanhar.
Sensação fria, choque de vida, despertar!
A natureza te convidou à comtemplá-la,
a dar-se conta que estava ali, sua,
desde que você também fizesse parte dela,
a comtemplasse e vivesse como perfume,
que exala pelo ar, mas que fica em locais,
impreguinam nas mãos do amado florista.
O teu toque na flor,
cocegas no dedo e um leve arrepio no braço,
a pequena joaninha queria te conhecer,
como cego tateou tua pele,
sentiu você e depois voou pousando no hibisco.
Levou consigo o teu perfume
trocou contigo a energia da vida,
e a dispersou pelo jardim.
Tanta singeleza no descobrir o jardim,
no ser parte dele,
e se torna-se flor, torna-se folha,
e deixar no ar tua essência,
de amor à natureza,
transformando a tua lágrima em orvalho,
o teu sorriso em sol,
e a vida num espetáculo.
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escrita em 22/11/2010- 19:50 h
Imagem: gostodistonew.blogspot.com
Folhas queimadas de frio"
ResponderExcluirÉ como o amor, é fogo que arde sem se ver....
Belo texto!
Bjinhos
Mila
PS: Leio e recomendo
http://rafabernardino.blogspot.com/
oi Amigo
ResponderExcluirsaudades de dar uma escapulida
por aqui
E o orvalho encanta
Aprecio o chão molhado
piso nele..
bjs
BOA TARDE caro!!!