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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cordilheira dos Andes – geleiras…

Anderson Tomio

andes

Escorre feito lágrimas,

de um choro silencioso,

que se intensifica com o tempo.

Rios se formam com essas lágrimas,

vidas vão nascendo ao seu caminho,

vidas perecem em desafio,

na frieza, no frio, no congelar.

Lágrimas de um presente incerto,

e de um futuro nem sequer sonhado,

partes que se derretem,

se vão da vida,

gerando vida,

esperando as mudanças,

de forma,de perfil,  de imagens.

Escorrer, passas, vencem as pedras,

buscam o mar, encontram a sede,

se refrescar,banhar-se num rito,

e matar a sede.

Quão grande é senhora das águas,

quão altas podes ser senhora das montanhas,

tua maquiagem derrete,

revela o seu contorno, sua encosta,

pedra, penhascos, grutas,

o que era gelo,

revela- se pedras e choras.

Lágrimas frias, lágrima de gelo,

numa geleira que se despede do topo,

escorre pra base e torna se-rio.

E a neve some, o branco acinzenta

a vida muda, morre, renasce,

sem gelo, sem frio, sem água.

________________________

escrita em 15/11/2010- 00:05 h

*em lembrança ao derretimento das geleiras glaciais,

inclusive o da Cordilheira do Andes que pode estar

totalmente descoberta de gelo em 20 anos.

imagem:hardbiketour.com

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