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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Se fosse hoje…

Anderson Tomio

Ouço te como a voz mais juvenil da minha alma,

mas sinto que o anos já passaram pra mim,

meu coração já fraqueja diante do teus olhos,

reluta em acelerar no medo de um infarto,

mas pulsa,  se acende e te amo.

A minha pele, já com rugas, marcam o tempo,

todo aquele em que na distância te quis,

e no medo calei-me.

Quisera ter sido forte, ter tido coragem,

e falado, quando ainda minha voz era suave,

sem os calos vocais, que rebuscam meu tom.

Como é ruim deixar para o amanhã,

não fiz no ontem, lamento no hoje,

que o tempo já não é mais o mesmo, 

mas nós ainda somos,

porém vincados, porém marcados,

já defensivos e escolados,

longe da insanidade de um amor juvenil.

Tenho que falar, não mais silenciar,

os amigos se falam,

os amantes se olham,

os amores se beijam,

se querem além de tempo, de espaço,

mas tenho que fazer, tenho que ir,quero ver,

e como juvenil, tremer na voz,

mas ter força no ato, ir ,

abrir minhas memórias,

encontrar nelas a página,

tirar o pó, extinguir o mofo,

e então ainda falar,

como se fosse naquele tempo,

mas mesmo sendo hoje….

O quanto você é importante em minha vida.

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Escrito em 13/10/2010 – 00:33 h – ao som de Música instrumental do Tibet.

Lembro me agora, após ler como ficou minha composição, do livro que li já faz algum tempo,

“ O Silêncio dos Amantes” – Lya Luft – ao qual fala da importância do diálogo no presente

e não deixar para depois, descrevo aqui de forma bem resumida, mas aconselho a leitura.

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