Anderson Tomio
Quer o sol?
Vejo nos teus cabelos
a confusão das tuas idéias
os fios já não se ligam à realidade,
e fazes o que na sanidade não faria.
Preferes a fantasia a realidade,
o amargo, ao doce,
o escuro, a luz
porque há em ti confusão,
por que há em ti, um desejo.
O comportamento revela,
e o teu olhar te entrega,
vejo a confusão em ti,
as frustrações vem à tona,
e teu semblante muda.
O largo sorriso, se aquieta
quase se enconde em meio
ao teus belos traços.
Fales, o coração também tem voz,
porque há outros corações,
preparados pra te ouvir.
A docura da felicidade,
não e pra ser inalada,
é pra que seja sentido o sabor de verdade,
mas é preciso que vá em sua direção.
Não adianta me dizer que o sol nasce pra todos,
e esperar que ele nasça pra você.
Ele já nasceu, mas você tem que saber abrir as janelas,
afastar as cortinas e deixá-lo entrar.
Uma luz nada clareia onde não há escuridão,
o sol não será seu, se você não quiser se bronzear.
De fantasia e realidade é feita a vida,
de metáforas as verdadeiras ou vãs filosofias,
mas de amor e sentimento é feita a vida.
Só sabemos do doce do açúcar,
se dele provarmos,
só saberemos o que é viver,
se nos permitimos viver.
Tem vezes em que ousar é renascer,
e ter um novo mundo a sua frente,
com doce, com sol,
tudo ao seu alcance.
Mas você poderá dizer, sol?
Mas se chover, pra mim só tenho chuva.
Que beleza isso!
Porque a água é vida, faz limpar,
faz germinar e depois também,
não choverá pra sempre,
o sol voltará, depois a chuva,
mas a sua vida, nesse agora,
não volta.
Viva! Viva! Viver é vida!
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Escrita em 14/10/2010 – 12:55
Imagem original:diariodaproducao.com
Abrir as janelas!
ResponderExcluirViver e não apenas existir!
Abraços,
Maravilhoso poema!
ResponderExcluirBjsss