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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Carrossel - As voltas da vida!

Anderson Tomio



O sono chegou tomando conta,
os olhos pesaram e adormeceram
fazendo o silencio da noite a me embalar.
Dormi esquecendo-me de tudo,
acordei preocupado com o mundo.
As horas haviam passado,
o sol já havia surgido e a novidade
do dia tomava conta do tempo.
Proporcionava  aprendizado,
e fez surgir à reflexão, o pensar.
A análise do tempo era nítida,
como se o carrossel houvesse dado muitas voltas
e você sabia onde ia parar, mas não.
As coisas nem sempre são tão óbvias,
a vida nem sempre é tão certa,
e o destino é a gente que faz!
A noite se foi, o dia voltou,
o carrossel parou permitindo o embarque.
Novas fases, novos dias e esperanças,
até que o sono retorne, pese nos olhos,
e não permita ver o dia seguinte até que chegue o amanhã,
 quando o mundo ressurge para eterna novidade da vida.
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Imagem: olhares.aeiou.pt

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Familia - A base para mundança!

Por Anderson Tomio






A família não nasce pronta, constrói-se aos poucos, é o melhor laboratório do amor. Em casa, entre pais e filhos, pode-se aprender a amar , pode-se experimentar com profundidade a grande aventura de amar sem medo. A família pode se o ambiente mais apropriado para uma maravilhosa experiencia de amor.


A família é o nosso fundamento, a base do nosso futuro, mas é conhecido que a família unidade base da sociedade, enfrenta, desde algum tempo, problemas complexos, que tem afetado a sua estrutura, tais problemas ou desajustes familiar ocorre por motivos mais diversos tais como: o desrespeito de pessoas em relação as outras, inclusive no que tange a privacidade, à ausência do dialogo à motivação da vida a dois e a falta de amor, este último tem contribuído, em larga escala para a dissolução da estrutura familiar.

Ao modificar o entendimento da palavra, que considero divina, AMOR, que está acima da compreensão das últimas gerações, dominado-as inteiramente, por sentimentos materialistas. Gerações que se distanciam de DEUS, das coisas do espírito, de onde nascem a amizade, a ternura, o afeto, e que reforça o processo de tornar-se puro, o amor pleno, aquele que é engrandecido por sentimentos e não por instintos, muitas vezes primitivos. Se dentro do seio familiar, aplicarmos o nosso mais valioso dom, o dialogo e o entendimento, será o inicio, o primeiro passo para podermos praticar uma relação de qualidade com quem convivemos, e a partir disso pro amor é só consequência. O diálogo e entendimento no leva pra o Amor com as pessoas.

Não podemos esquecer que a educação repassada pela família, através dos tempos, se baseados nos valores morais e na ética, na religiosidade e fé, não são em tempo algum esforços perdidos. Uma criança, um jovem que vê nos pais, ou mesmo nas pessoas que o criam, bons exemplos, com certeza não terá por que não seguir, se os laços que sustentam esse vínculo forem estreitos, forem fortes.

As vivências em família nos fazem seres completos, que não há faculdade na vida que ensine o que podemos aprender em casa. Se recebemos de casa valores morais e éticos, se assimilados na relação diálogo confiança, não tem o porque nos perdemos no caminho.

A humanidade, em sua totalidade deveria pensar nisso e aplicá-la.

As mazelas do mundo, a violência, as drogas, os assassinatos, estupro, crimes contra o incapaz, jamais seriam notícias. Alias o fato de serem notícia o tempo todo revela que algo precisa ser feito, urgente, além disso acabamos por se acostumar com a violência que com o tempo poderemos achar que é normal. Mas não é! Atualmente, julho de 2010, os noticiários me deixar estarrecido. Fico pensando o quão animal o homem pode ser, exterminando sua própria raça. Nessas horas me sinto envergonhado de ser Homem, por ver na TV e Internet o quanto há de “psudohomens” pela quantidade de violência e barbaridades que cometem. Sem falar na violência gratuita, por motivos banais, que só visam elevar o ego de quem agride.

Mas tenho fé, na família(*), seja ela patriarcal, ou mesmo aquela que é formada de pessoas  sem consanguinidade mas que mantem um laço afetivo morando sob o mesmo teto. A família mudou, mas não era necessário mudar os valores.

Na verdade, desabafei, porque fico tão indignado com o que vejo no noticiário, e mesmo aqui via internet, em saber nós estamos aniquilando nossa própria raça. Falando em aniquilar, lembrei das questões ambientais, se tratássemos a violência como prioridade como o meio ambiente tem sido ultimamente, com certeza já teríamos mudado o mundo para um mundo de paz.

Mas com certeza, seria assunto para um novo debate.

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**A família é um núcleo de convivência, unido por laços afetivos, que costuma compartilhar o mesmo teto, com ou não grau de parentesco** -conceito atual de família:  .http://jusvi.com/artigos/39460

A evolução do conceito de família:
http://www.investidura.com.br/revista/index.php?option=com_content&view=article&id=237:o-conceito-de-familia-e-sua-evolucao-historica&catid=83:artigos

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Com aroma de café...

Anderson Tomio


Era pra ser
somente mais um olhar casual
daqueles que buscam integra-se com o mundo ao redor,
percebendo o que acontece e como tudo se movimenta,
mas acabou paralizado,
foi encontrado em meio à paisagem estática do hall
e o cheiro do café tomou conta do ambiente
tornando-o nostálgico, mágico e acolhedor.
O olhar que mudou o tempo,
fez as luzes de neon “café”
que piscava no vidro que nos separava,
uma barreira logo ali, mas que separava nossos mundos.
Baixei a cabeça, passei a mão em meus cabelos,
numa atitude de revolta,
como podia não estar no mesmo lugar que você?
E pensando que assim, quando erguesse os olhos
somente a lembrança de sua imagem haveria de ficar.
Engano! Surpresa!
Meus olhos te encontraram diante de mim,
E comecei a rir... não entendia mais nada,
E o tempo permaneceu mágico
Enquanto a inércia do vento não tocava minha pele
Mas ainda assim sentia o arrepio da tua presença.
A  velocidade do mundo voou,
o instante passou e com ele você se foi.
Algo permanece além do riso,
o cheiro do café relembra tudo.

domingo, 6 de novembro de 2011

Insonia

Anderson Tomio


Tudo foi além do que esperava
os sinais que me deste não foram vistos,
 e ousei sair na escuridão.
Caminhava sem rumo sobre a calçada de pedras,
meus pés descalços sentiam cada relevo,
que me lembrei dos vincos do tempo marcados em minha pele.
Olhei ao alto, a lua ilumina agora meu caminho
Saíra da sombra que o velho casarão fazia
Deixando cinza o chão e as paredes,
tornando opaco o brilho de qualquer olhar.
Parei, inclinei meu corpo para frente
Tocando meus tornozelos,
os pés vestiam poeira da pedra
e o pó da correria urbana
Sentei- me na calçada e silenciei.
O único barulho agora era meu coração acelerado,
Ao ritmo da respiração ofegante,
Repus meu suor, sentindo o gosto da lágrima
Que escorreu face abaixo e sutilmente tocou meus lábios.
O mundo parou!
O silencio era total,
 e um  vulto com rapidez passou em minha frente.
Era a sábia coruja que do alto da varanda
do velho casarão me observava com seus olhos
reluzentes ao brilho do luar.
Observou-me por um tempo,
E eu perdi a noção das horas,
Fiquei a contemplá-la.
Ela entendeu talvez o que eu fizera
E num gruído tímido me cumprimentou.
Pareci um tolo, mas abanei com uma das mãos
Dando sinal que tinha ouvido o seu “boa noite”
O meu pensamento foi buscar você!
Abaixei a cabeça sobre meus joelhos
E ali fiquei encolhido e quieto.
Ouvi então um grunhido mais forte que ecoou pela madrugada
E num vôo a bela coruja desapareceu.
Decidi que era hora de levantar-me e buscar meu leito,
já que o ar da noite havia-me relaxado.
Iniciei o caminho de volta, alguns cachorros
repeliam e entregavam a minha presença,
mas segui adiante.
Já em casa, suspirei frente ao portão,
por estar leve e pronto pra repousar,
mas fui surpreendido por um alto gruído, desta vez
mais inesperado que o outro.
Era a sábia coruja que guardara a madrugada
agradecendo por deixar a rua
que agora era somente dela,
em meu adormecer.