Seguidores

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Gratidão Mãe! ( Em luto por você mãe)


Não saberia dizer se nesse ponto a natureza é sabia ou nos prega uma peça criando uma lacuna no tempo,

Nascemos do ventre, somos pegos no colo, e o primeiro registro de teu rosto e de teu sorriso eu não consigo lembrar. Você lembra desse momento, já com alguns anos a frente, a memória te permite registrar os marcos da vida, e ter nesses momentos memorias de felicidade.

Como eu gostaria de saber como tu eras e como foi a sensação que senti ao mudar de tua barriga, teu ventre, para o teu colo. As primeiras mamadas, as trocas de fralda, o soninho com soluço, pra mim tudo novidade que se apagou no tempo, para você mãe, memorias de um novo filho que geraste e proporcionaste a vida e o mundo.

Que missão! Que entrega! Mudar seu ritmo, alterar seu corpo e ainda assim ser tão amado, com um amor que não se mede, não há como calcular, mas é infinito, amor de mãe e filho e de filho e mãe.

Quanto amor, quantos momentos, de riso, de choro vivemos juntos. O tempo nos presenteou com a convivência, e podemos nos ter por anos, eu sendo teu filho e você sendo minha mãe.

Quanta gratidão eu tenho e quanta felicidade sinto por ser teu filho, por você ter sido minha mãe e mais ainda, se me dessem a oportunidade de escolher uma mãe, te escolheria tantas vezes fossem possíveis, porque foste cuidadora e amorosa, rígida e educadora, mas que me deu valores, força e me fez ser o que sou, tendo em ti a inspiração de pessoa batalhadora.

Nunca desanimaste, mesmo com os percalços da vida, vi sempre você se manter forte, ser otimista e não me lembro de te ver chorando diante de uma dificuldade, mas sim tendo fé e sendo perseverante que seria apenas uma fase e que logo seria vencida. E você tinha razão! Venceste tantas que derrota não existia na sua vida. Tudo era conquista, força e vitória.

Me lembro de tanta coisa que vivemos, de tantos momento, desde o mais simples como você me pondo um café ao de ocasiões especiais. Mas aqui corrijo, todo momento é ocasião especial! Se aprendêssemos isso mais cedo, a vida seria tão mais cheia de momentos marcantes do que somente aquela data circulada no calendário.

Viver é um momento especial! E é triste quando nos damos conta disso de forma tardia, quando os momentos cessam e ficam somente as lembranças.

E pensar que os pais criam os filhos para cresceram e serem independentes e seguir seu caminho na vida. Sair de casa, morar sozinho é o ápice desse desenvolvimento. É bom, amadurece, nos faz crescer. O que não sabemos é que a partir desse estagio, a convivência fica fracionada, se torna dose em conta gotas, de uma passadinha lá , de um final de semana ou de um passeio. Isso depois faz uma falta, os anos avançam e quanto tempo diário deixamos de viver? Temos a presença, sabemos onde está, mas não vimos como você acorda, como passa o dia, que novidades e conversas teve,  e mesmo, deixamos de receber o carinho diário no sorriso e na voz terna do bom dia. Quanta falta faz esse tempo e quão valioso ele é quando percebemos que cada minuto que podíamos estar juntos.

Os pais não deveriam criar os filhos para alçarem voos e sair pelo mundo, mas para saberem voar e ir até ali e logo estar no ninho, viver juntos as descobertas e conquistas da vida. Seria estranho, poderia, mas no quesito convivência e aproveitamento da presença dos pais pertinho seria incalculável.

Mas crescemos e queremos voar! Os pais também sentem orgulho desse momento e que mostramos que aprendemos e alçamos voos.

Ai que saudade eu sinto! E que tantos porquês eu penso, que poderia isso, e aquilo, mesmo estando perto, vivenciando muita coisa, não era integral. As lacunas hoje fazem falta, os momentos cheios também fazem e um espaço ficou sem ser completado.

A vida! A chegada da morte e a finitude dos presentes! Do presente do dia a dia e toda uma existência que poderia ser mais longa.

Ah minha mãe, nossos momentos não serão esquecidos e a medida que o tempo passa, as memorias parecem ficar distantes e novas não são criadas, eternizamos em nós o que era nosso, a nossa vida, eu sendo seu filho, você sendo minha mãe.

Saudade é uma palavra que gostaria de agora contrariar e trocar por presença, como sempre foi, mas agora é saudade, de falta, de ausência física e de teu olhar terno.

Gratidão mãe! Te amo!

Que o céu esteja sorrindo com sua presença!

*27/10/1947  + 17/08/2025


quarta-feira, 4 de junho de 2025

Pouco ou um pouco a mais?


 Um pouco, de um pouco a mais
e não pouco, nem pouco a menos
mas tão pouco, quero mais
ser for muito, por ser menos.

Tão pouco sabe-se a mais
de um pouco muito menos
não há muito, nem menos
e ser for muito, pode ser menos.

Mas pouco,de quero mais
e não muito, pode ser menos
e se é pouco, então vai a mais
mas se é raro, pode ser menos.

Dentre essas poucas loucuras
escrevo mais
mas não me preocupo, se mais ou menos,
pois sou um pouco e posso ser mais
nem tanto, nem a menos.

Se é pouco,pra que querer menos
se então querer um pouco mais
assim não quero nem a mais nem a menos
e de tão pouco e tão mais.

De tanto pouco a mais
e muito menos , de menos
chega de pouco, de mais, de menos
quero o bastante pra ser meu
o ideal não ser de menos.

("viagem" escrita 16/02/98 9:59h)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Estou lhe vendo! Você me vê!


 Quando não tive nada para dizer, preferi ficar em silencio e observar. É neste momento que mesmo sem proferir nenhuma palavra o diálogo se intensifica. A medida que vou observando o que acontece ao redor, e a maneira que as pessoas interagem entre si, percebe-se coisas que elas jamais te diriam ou colocariam em destaque caso fosse necessário falar de si. O lado de dentro, muitas vezes obscuro de cada um não aparece nos diálogos, mas se mostra nos gestos e expressões. 

Se os olhos são ditos como janelas da alma, o que dizer das expressões faciais e maneira de se portar? São não janelas, mas o lado tangente de nosso interior. O torcer o nariz, o olhar para cima e mesmo somente franzir a testa, mostra muito de como reagimos a determinadas situações e estas podem até ser moduladas pelo olhar, mas não pelas expressões. 

Para aqueles que gostam de observar e mesmo fazer laboratório, percebendo no agir do outro a criação de personas, tem-se neste ato além de compor a realidade apresentada pelo outro, também a interpretação do ser humano quando as reações a alguma situação especifica. 

O ato de observar por subjetividade acaba modulando nossa foram de reação e de pensar sobre as situações. Analisar é olhar para dentro, e perceber como reagimos ao externo. 

O silencio de um diálogo, não é o silêncio total, é o burburinho inquieto de nossa mente a ler o outro e com isso também nos permitir sem mesmo querer, mas estar suscetível a análise do outro que também nos observa. A interação de pontos de vista e mil vistas do ponto nos fazem mergulhar na interação humana sem que mesmo tenhamos nos colocado de pé a beira dessa “piscina”. A interação e observação humana por si só já é um mergulho! 

Não adianta se esquivar ou mesmo pensar na palavra clichê “ disfarça” , porque aquilo que não queremos mostrar nas palavras vem à tona nos gestos. 

Reflita! 


segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Em seu lugar!

 O que seria do dia sem a noite; 

E do luar sem que o sol emprestasse o seu brilho?

Somos peças de um quebra cabeças qualquer, mas de quebrar cabeça pensamos que somos o tudo,  quando verdade, somos quase nada!

Coadjuvantes!

O brilho vem de tudo que podes tecer nos meandros do teu pensar, mas só iluminará se virar o foco para frente, iluminando teu caminho e os que dele se aproximarem!

O que seria então do coadjuvante sem o principal?

Torne-se e assuma o lugar ao qual não lhe deram, mas que você preparou para você!

Sucesso!