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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Indo além!




Abri a porta e deixei todo silêncio que vinha do corredor entrar. Não levantei se quer os pés para ir além do beiral que demarcava onde era casa onde era rua, permaneci ali a espera de um vento que me levasse pelo ar. Pairei!
Observei de longe o que se movimentava no espaço e reluzia luz em minha direção,
Era o sol, que sem a companhia do vento frio me aquecia mais rápido.
Inclinei meu corpo para fora e os ecos do silencio vieram em minha direção, e ao chegar em meus ouvidos, percebi que o som que ecoava pelos corredores em penumbra era vozes de um desconhecido lamento. Busquei refugio momentâneo dentro de meu claustro e não quiser saber o que dissera, mas o eco veio mais forte fazendo com que um agudo som permanecesse em meu ouvido por alguns instantes que pareciam não ter fim.
Dei passos, encarei o corredor de frente e parti. Fui adiante sem saber o que me aguardava a cada novo passo que eu dava rumo ao desconhecido.
Como assim desconhecido se sei bem onde moro, onde estou e que lugar é este?

Sim eu sei, mas sabia antes que a penumbra tivesse chegado a mim. A partir dai era outra circunstancia de vida, outro momento que só me dei conta de sua totalidade quando senti que meus pés não tocavam de fato o chão, mas mesmo assim eu os ainda sentia sob mim.  Na fé e na coragem segui e buscando a luz fui adiante.

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