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sábado, 14 de maio de 2011

Pra mim tudo bem. E para outro?

Por Anderson Tomio

Hoje estava observando na internet os fatos que marcam o mundo a cada dia.São muitos, coisas já consideradas comuns e outra ainda que acabam por nos deixar surpreso.É , digo nós porque no dia a dia as pessoas comentam geralmente a mesma coisa. Sempre tem um fato que chama atenção, repercute mais, acaba tomando proporções nacionais de críticos e seguidores.


Mas já parou para pensar nas coisas que acontecem com você?

Nos fatos que acontecem bem próximos de você,ou até mesmo com você?

Sei da importância de se preocupar com o macro universo, com o país e com o mundo, mas será que pensamos em nós, nas coisas que acontecem com cada um de nós no cotidiano?

É como aquela receita da vovó, que diz que temos que mexer a panela com colher de pau. E o que acontece se há mexermos com uma colher de plástico? dizem que o gosto não fica bom, que perde o ponto, que pode grudar no fundo da panela. Pode ser..., mas acredito que isso ocorra pelo pensar de quem mexe a panela.

Esse é o ponto que quero chegar.

O de repensarmos nossas ações. De perceber o que fizemos durante nossas ações. Sim, isso mesmo. Porque é tão normal tornarmos seres automáticos, que o pensar na ação que estamos fazendo é coisa do passado.

Mas não é! O problema é a correria e as inúmeras tarefas à serem realizadas em um único dia. Nada pode ficar pra depois ou muito menos pra amanhã.

Assim a vida segue,o tempo passa e acabamos por não nos dar conta da simplicidade da vida. De contemplar a " mexedura" na panela com a colher, seja ela de pau ou de plástico. Também não seria pra menos se numa hora dessas esquecermos o fogão ligado.

Corremos pra tudo, somos automáticos pra tudo.

Sim, imagino o que deve estar pensando,ou não, mas também não dá pra sair por ai anotando ou analisando tudo a todo momento. Nem eu conseguiria. Mas também não é o que gostaria.

O que acho viável mesmo, é estar atendo a vida. Ao outro ser que está do seu lado, ao sorriso de um corriqueiro oi, que deixamos passar, logo vira um tchau.

Como corremos! Pensando bem somos maratonistas. Corremos contra o tempo o tempo todo. engraçado,pelas palavras, mas é assim. Nada pode sair diferente, errado então,nem pensar.

E nessa euforia, o dia se foi.O sol se Pôs e você nem viu. A chuva começou a escorrer pela janela e nem sequer você observou a danças dos pingos pelo quintal.

E a essa altura, devem estar me perguntando: "é verdade, mas isso já discurso velho, a vida é assim mesmo".

Poderia concordar com você, mas ainda assim, lhe diria, que a vida é do jeito que queremos que ela seja.

Não estou falando aqui, de ter, de poder, mas de ser, de estar.

Ser simples, estar feliz!

Sim, porque pra mim, a felicidade está na simplicidade. A felicidade é simples!

Opa, será mesmo? Então porque muitos de nós ainda não consideramos que há tenhamos encontrado?

Sinceramente, neste ponto só posso falar por mim. Alias pra resumir, como é bom abrir a janela e dar inicio novamente ao novo espetáculo do dia. Sol ou chuva, frio ou calor, enfim perceber-se como ator, como parte deste espetáculo.

Coadjuvantes? Não mesmo, pode parecer estranho se levarmos ao pé da letra, pelo sentido da palavra, mas sim, somos todos principais.

Eu, você o seu vizinho e o meu também. Cada um de nós é responsável pela parte do outro nesse espetáculo chamado vida. Agora só cabe lembrar que, se não estiver nem eu,nem você preparados para ver cada um a sua volta e dar valor a tudo que ja falei, o simples, o cotidiano que está próximo, de nada vai adiantar saber que o espetáculo de viver é coletivo.

Claro que é. Já pensou que mesmo acreditando estar sozinho você interage com o outro?

Tanto é que estamos cansados de ouvir que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no universo.Sendo assim, você tem o seu, eu tenho o meu, nos tornando únicos, mas sendo coletivos. Estranho?

Será mesmo? Olhe bem....você mora só, mas acorda de manhã lava o rosto, vai escovar os dentes e percebe que seu creme dental acabou. E agora? fácil pega-se outro.

Isso mesmo, a palavra outro. Outro creme dental, outra pessoa, partindo disso, precisamos do outro.

Por mais que queremos estar só, até nisso dependemos do outro,para que ele nos deixe sózinhos. Mas nunca ficamos.

Como dizem...."resumo da ópera", é necessário vermos o que nos cerca, fazermos um bom lugar ao nosso redor e ampliar isso. Chegar ao outro, dividirmos com ele, somar-se a ele, sermos coletivo.

Se assim começarmos, fazendo pouco, o meu pouco somado ao seu pouco e ao do outro toma amplitude. Multiplica-se.

Por isso se faz necessário não deixarmos que as coisas do dia a dia passem despercebidas. Não nos indignemos somente com o nacional, com o macro mundo, mas também com o micro mundo que esta bem ao meu, ao teu lado.

Confesso que estou tentando,mas fazendo minha parte, de melhorar o meu mundo e poder apmpliar para o seu, assim quem sabe um dia o nosso será melhor.

Ai não importa mais se fazemos fazemos assim ou de outro modo, porque mesmo mexendo com colher de pau ou de plástico, teremos a certeza de estar fazendo certo.

Comece por você e se achar que está fazendo pouco, o pouco é melhor que não fazer nada.Alias já ia me esquecendo, pra mim tudo bem. E para o outro?

6 comentários:

  1. Belíssimo texto Anderson!.. De fato há momentos que devemos mesmo parar e fazer uma reflexão de como estamos agindo com relação a nós e nossos semelhantes. O qto de tempo temos desperdiçado e o tanto que não temos valorizado. Só mesmo assim é que conseguiremos viver nos mínimos detalhes esta fantástica vida e oferecermos de forma muito mais aproveitosa nossa contribuição aos nossos semelhantes.

    Beijocas super em seu coração..
    Verinha

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  2. Seu texto tá perfeito, eu também estive pensando no quanto estamos nos abituando com as coisas que acontecem a nossa volta, já não ficamos tão assustados com os absurdos que acontecem em todos os sentidos. Passamos a aceitar tudo normalmente, mas não deveríamos ser assim, temos que pensar sempre antes de aceitar tudo,precisamos rever todas as coisas e não simplesmente aceitar por dizerem que é "assim mesmo" eu ainda acredito que as coisas mudam sim, se nós mudarmos, acredito sim que devemos fazer a nossa parte sem se preocupar com outro que não faz. ( acabei escrevendo muito e ficando confuso, rsrsrs espero que entenda) Forte abraço.

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  3. Pois é, Anderson, devemos estar atentos ao que acontece ao nosso redor, sem esquecermos que o fogo que aquece a panela , não pode ser alto, para não queimar o que vai nela, nem baixo, para não desandar. Enfim, a lei do meio termo deve imperar. Belo texto. Beijo.

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  4. Realmente, a felicidade é simples!
    Porém muitas pessoas não compreendem isso pois têm a chamada "tristeza genética" e contra isso não há muito o que se fazer.
    Gostei!
    Forte abraço,
    João

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  5. Bom dia, querido amigo Anderson.

    Agradeço-lhe muito, muito, pelo carinho e gentileza. Assim que meu filho voltar de viagem, pedirei para ele fazer a transferência pra mim.

    Seu blog é lindo, e não tenho palavras para agradecer o seu belo cometário, sobre as minhas simples memórias.

    Com muito carinho, beijos!
    Que Deus o abençoe.

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  6. É sempre bom parar um pouco e perceber a si mesmo em meio a multidão!!! Somos especiais e fazemos a diferença!

    bjs a vc
    Jeanne

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