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sábado, 7 de março de 2015

Nos braços da madrugada.



Anderson Tomio

Ah no ar o cheiro do meu eu
que mistura-se ao cheiro da noite.
Abro a janela de meu quarto e a brisa da madrugada
vem arrepiar-me a pele com sua refrescancia.
Nos arrepios do luar que me acompanha
abro também as janelas da minha alma,
percebo-me como parte desse imenso mundo
e ao mesmo tempo um ser minimo que se perde 
nessa imensidão.
O som de meu cantar interior faz sinfonia ao silêncio
da madrugada que me pega no colo e toma conta de mim.
Me entrego a ela, em ser, em pensamentos, e vago em seus 
braços na busca do que pode ser um sonho, ou mesmo 
apenas a plenitude de um repousar.
Me deixo levar! Abro os olhos e sinto ela que me toca  com o sono
a me envolver, acariciando me de  leve o rosto, e me fazendo um cafuné
que embala e faz-me ir adormecendo.
A madrugada me leva nos braços, os sonhos me dizem para onde posso ir, 
e num piscar de olhos vejo-os reais e na fração do tempo
o acalento toma conta, e adormeço em seus braços 
que em meu sonho parece estar aqui.

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