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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Adeus Ano Velho! A "gaiola" da vida!


Por Anderson Tomio

Ouvi somente o som de meus passos ao entrar na sala, sentei-me a poltrona que no canto sozinha antes de mim contemplava o meu ir e vir, no movimento do dia a dia.
Confortavelmente ali fiquei a observar o nada e permiti que meus pensamentos tomassem asas e voassem.
Olhei do alto as vezes em que eu estive sozinho com meus lamentos e nem uma palavra amiga foi proferida para acalentar-me, vi as pegadas que deixei por tantos caminhos que trilhei, mas que alguns deles não me levaram ha lugar algum.
Sorri por um determinado tempo recordando momentos em que tive um abraço e um sorriso de amigos e familiares, estes que estavam comigo para aplaudir meus esforços, minhas batalhas, nem sempre com vitórias, mas com intensa participação na vida.
A vida....
Ela que é nos dada como dádiva, que é vivida com mil e uma razões, horas  parece ser imparcial, outros o mais justo dos juízes, porém houve momentos de injustiça ou falta de meu entendimento para tal sentença.
Julgamentos...
Tantos deles são feitos,  observam, olham, condenam, julgam, algumas vezes me dão troféus, outros sinceras palmas, mas em meio a tantos, o som dos murmúrios e dedos que apontam contra mim. Sou humano!
Somos obra do mesmo criador, e meus defeitos não são os mesmos que os seus, as qualidades também não, mas temos um pensamento e conhecimento que pode se apropriar de duas coisas, o respeito e a tolerância.
O Hoje...
Tão falado, tão visto, tão vivido, mas não é apenas o hoje isoladamente, observe que ao lado
da poltrona da vida há gaiola e nela partes e fragmentos da vida, da sua vida. O que você fará com o que carrega? Libertará ou deixará aprisionado?
O Futuro...
Há se tivéssemos o poder de ver adiante e moldar erros e acertos. Meros devaneios!
 O futuro se faz, com a gaiola que repousa ao lado de onde você  sentou. Abra-a
Observe onde esteve, onde estás e onde queres chegar. O amanhã é o caminho!
Neste momento sorrisos, lágrimas, suspiros compõem o que sou, fazem-me  companhia,
me põe âncoras ou um foguete de propulsão...como vai ser?
Avalie! Separe as coisas desta gaiola que bagunçou com o sacolejar da vida. A parte das conquistas, das perdas e dos danos...sim os danos que causamos e nos causaram, essa parte deve ser liberta, mas será a parte da bagagem que você mais vai vasculhar ao longo da vida, fazendo novo crivo, sorrindo ou chorando com mais intensidade. Vai acumular mais algum destes ao longo do futuro que vem? Prender ou soltar? “Prender”... Somente o inevitável, o ponderável e o dispensável, os demais, liberte... Respeite! Tolere!
Desejos....
A saúde, a força e a fé. Pode parecer alguma receita pronta, mas as receitas servem para serem feitas, incrementadas com seu toque...o seu toque é o foco. Onde quer ir, onde quer chegar e o que quer fazer do seu amanhã?
A coragem! Não esqueça dela para alcançar seus objetivos, metas e sonhos, porque ela nos tira da inércia. Adiante! E quando estiver caminhando, não precisa que encontres logo a meio trajeto outra poltrona para sentar, mas basta diminuir o passo, silenciar e olhar ao alto, porque haverá lá no alto, uma estrela que você pode dar o nome que quiser, mas ela estará a te guiar, e cabe a você abrir seu coração á ela para que ouças com seu coração o que ela tem a lhe dizer e orientar.  O coração que silencia e busca ao alto, ouve a voz de Deus em suas batidas.

FELIZ E ABENÇOADO ANO DE 2016

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Imagem:http://www.pozelar.com.br/sala-de-estar/poltrona-de-decoracao-para-sala-de-estar-e-escritorio-tilla-suede-jornal-jm-estofados

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

No banho...


Anderson Tomio

Pronto banho tomado!
Estendi o braço alcançando a toalha par ame secar,
senti o tecido macio tocar minha pele, e envolver meu corpo como em um abraço,
Por um instante parei o movimento e fechei meus olhos,
Uma gota de água escorre de meus cabelos e me desperta causando ao arrepio
por onde ela percorre a descer sobre minha pele.

Penso....

Olho me no espelho e contemplo o corpo nu,
O corpo já no é o mesmo de tempos atrás,
alguns vincos do tempo agregaram texturas a minha pele,
e com cada uma delas, as memórias,

O tempo...

Continuo o movimento de secar meu corpo,
mas contemplar-me nesse momento é prazeroso,
assim desnudo de tudo, percebo minhas forças e minhas fragilidades,
embora com a água do banho somente a poeira do cotidiano fora embora,
Tristezas, mágoas e sentimentos cinza, não saem com água!
Mesmo tendo ao termino do banho a sensação de leveza, não saem.
Pode ser leveza de pele, mas o coração agrega fardos, que se rompem,
e como em uma ampulheta, escorrem vagarosamente até que si dissipem
no passado, no esquecimento e no perdão.
Quem não perdoa, põe cadeados em seus fardos, impedindo que eles se abram perdendo
o peso que eles carregam.

O suspiro...

Nele exalo todo sentimento e inspiro do perfume do sabonete,
este que por um tempo repousa sobre a pele, como se marcasse o território
dizendo que é seu, mas demarcar o que?
O território que era, que foi, hoje existe a espera do “uso capião”,
de sentimentos, de peles, de perfumes que se encontrem e se afinizem
que tão macio quanto à toalha de banho, seja envolvido em um abraço,
embaraço, crie laço e que o banho se torne somente refresco ao fim
de um dia de calor.
E que calor!

Em um outro banho....


_Esqueci a toalha! podes trazer para mim?

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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Sinos da Alma


Anderson Tomio

O sino ecoa ao vento,
ouço vibrar feito as batidas de meu coração,
o som corre a frente, o silêncio vem logo em seguida.
E paro, fico diante dos dois, fecho meu olhos,
ouço somente a vibração e o vento que toca meus ouvidos,
e me envolve dançando sobre minha pele,
que arrepia da cabeça aos pés.
Vibra, toca, soa, o som do sino,
o som de meu coração entra no compasso,
e me deixo levar pelos acordes
e pelo ritmo que sincroniza as batidas de meu coração.
O silêncio faz seu solo,
e somente ele permanece durante um tempo,
e ao fim do tempo, abro meus olhos e contemplo o horizonte
que anuncia que o dia finda,
revelando as cores do entardecer.
Abro meus braços olho ao alto e me percebo como cruz,
descendo meus braços em lado ao que sou, viro obelisco.
Os pés flutuam, o corpo se inclina para frente e torno abrir os braços
num mergulho ao horizonte.
O som se torna forte, vibra, ecoa, toca meu rosto,
remexe todo meus cabelos e alia-se as batidas do coração
que a esse momento estão compassadas a minha respiração.
Propulsão para o infinito, trilha sonora do sagrado, me percebo em voo,
e vou ao céu onde abaixo de meus olhos, o mundo.
O dia que finda e me sinto pleno, feliz e seguro.
Um novo eu, um novo mundo, descobrir-se e seguir na viagem do meu eu
que vibra ao som das batidas de meu coração.
Me sinto grande, tudo é superado,
a felicidade e a paz interior se instalam,
e como águia, voo alto,
e observo um mundo de que um dia fiz parte.

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Imagem: Igreja de São José - Receife -Pe
Fonte:http://vivointensamenteascoisasmaissimples.blogspot.com.br/2012/09/por-do-sol.html (Adriana Avila)

domingo, 13 de setembro de 2015

"and the Oscar goes to " E o oscar vai para...




 Anderson Tomio


No lampejo das luzes diante dos olhos
vejo embaçadas as silhuetas e sorrisos,
pessoas que no entardecer vão e vem,
passam e não percebem o espetáculo.
O céu que os cobre cintila de cores e tons
o bege, o laranja, o rosa claro e mesmo a azul,
marcam sua presença no momento que finda.
E as pessoas vão, vem, e o céu ali, sobre suas cabeças
como se estivesse a admirar cada um de seus passos.
Que passos? Para onde estamos caminhando?
O céu com algumas das nuvens que nele viajam,
vão sem destino, e nós que destino temos?
Ah se todo esse céu pudesse saber o que se passa aqui dentro,
e mesmo o que você que passa apressado carrega no peito.
O dia finda, a tarde se vai, e a vida segue a passos apressados
de quem muitas vezes nem sabe onde quer chegar?
Para onde você está indo mesmo?
Já parou sentado ali na praça por meros 5 segundos e se fez
essa pergunta?
Para onde estou indo mesmo?
As nuvens do céu segue o sabor do vento, correm e andam ao rumo
de estações, umas mais quentes ou nem tanto, mas não param.
E você para onde está indo mesmo?
Quais as estações que buscas em momentos que como as nuvens
se deixas levar ao sabor do vento?
Algumas perguntas, mas talvez muitas ou então nenhuma resposta.
Enigmas de nosso caminhar!
E os lampejos, digo o foco de ver adiante, você perdeu?
Sim, é contigo que falo, me teço nas palavras para tocar em você!
Também fico perdido por uns instantes, as vezes por alguns longos instantes,
mas nesse momento é melhor parar.
Não vá onde você não sabe ir, mas deixe-se levar onde o coração quer te levar.
O espetáculo do céu mesclado de cores, agora é cenário, você o ator e o som de seu
coração é a trilha sonora para sua vida.
Sinta-a!
O céu clareia, escurece e muitas vezes se emociona em lágrimas de chuva,
rega, gera vida e em dias arrasa com tudo e renasce.
Qual sua previsão de tempo para os próximo segundo, o próximo minutos
e o anos que vem a sua frente....
Chuva, sol, céu mesclado de cores, quem é o ator e qual a trilha sonora?
Percebeu que além das forças que regem o universo, há uma que rege você também?
Denomine essa força como quiser, mas não deixe de vive-la!
Agora pare de andar apressado sem saber onde vai, ou então saia do momento de pausa
do banco da praça e busque o rumo de seus sonhos.
Aproveite o entardecer, o amanhecer e mesmo o meio dia, porque para ir além
não há tempo. O tempo é você quem faz, as cores do céu é você quem pinta,
e a trilha sonora da sua vida é você quem escolhe.
Assim como em um espetáculo, há um diretor, mas sua atuação tem que ser brilhante!
Para você o Oscar da vida!

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imagem;http://ink361.com/app/users/ig-1688411597/jaiianadesa/photos

terça-feira, 11 de agosto de 2015

E era uma vez...


Anderson Tomio


Sabe, não é difícil sentir saudades da infância.

Era tão bom aquela época, em que era feliz e não sabia disso.

Pensava no futuro. Nossa como sonhava com o ano 2.000.

Ficava calculando que idade teria. O que poderia estar fazendo.?

Mas era garoto, era sapeca, adorava brincar, descobrir.

Se quisessem me ver feliz, que me dessem de presente um brinquedo que fora necessário montar, investigar como era.

Mas também não era assim de todo sociável. Na verdade eu brincava com meus vizinhos,mas não tinha nada com o brincar sozinho. Eu adorava. Era nessas horas que eu dava asas a minha imaginação.

Me divertia com isso, meus carrinho em miniatura, nossa como eram reais ao meu olhar. Parece até que eu os via andar na cidade. Mas adorava pião e bola de gude. Nesse últimos eu era fera. Quando reunia-se a criançada toda, eu me divertia e garantia meu espaço sendo bom no que fazia. O pião mesmo chegava a zunir, conseguia por rodopiar na palma da minha mão. E com isso, se “inchava” todo, pensava ser o dono do pedaço. Quando mais tarde, em 1984, ganhei meu primeiro vídeo game. Que alegria, eu tinha um ATARI. Jogava sempre após a aula. Tinha preferencia pelo enduro e por river ride, mas também era fera no defender e megamania. Como era bom jogar!

Me divertia tanto. Eu era feliz!

Não que a felicidade estivesse nos brinquedos, mas não posso me queixar, sempre tives brinquedos bons, o ferrrama, o circo da playmobil,o atari, o autorama, entre outros carrinho de controle remoto.

Mas eu tinha uma coisa, que fazia com que eu visse o mundo diferente, tudo era mágico. Tinha inocência. Pra mim viver era um parque de diversões. Brincava, ia pra escola, tinha amigos, e minha família, achava o máximo.

Mas amadurecemos! E na constância do amadurecer, crescemos, e com isso passamos a ver o mundo de outra forma.

Não existe mais a magia, o brilho das coisas parece se ofuscar. Com isso me percebi maior.

Mudam os interesses, passei a observar outras coisas, a me interessar com outros assuntos.

Adoro ler, desde muito cedo já era considerado um prodígio com as letras,porém com os números nunca foram meu forte. (risos) Mas me viro com eles. O primeiro livro lido, não lembro qual foi, mas ficava fascinado em folear os livros de meu irmão, do curso de inglês, com figuras de várias partes do mundo. Achava aquilo o máximo.

Li vários livros na adolescência, mas nenhum me marcou tanto quanto “O passado esteve aqui” da Stella Kar. Era diferente de tudo dos que já lera. Não era uma aventura cheia de monstros e nem muito menos uma comédia. Tinha magia naquele livro, onde os amantes se encontravam por meio de um flash que os levava ao passado e ao futuro. Lembro até mesmo das ilustrações deste.. Depois desse vieram tantos outros. Só um pouco depois descobri a importância que aquele livro teve pra mim. Mas depois eu conto. Porque nessa época eu buscava várias respostas, como ainda busco. Porém a leitura me abriu o passaporte para o mundo. Através dela já fui a tantos lugares, pras Arabias, com Alibabá e os quarenta ladrões, As mil e uma noites, que pra mim foi o maior “teaser” da história. Que criatividade manter a fidelidade em tantas histórias. O gosto pela leitura eu já tinha,só faltava agora, o pela escrita. Mas não demorou muito. Uma narração aqui, um conto ali, até que fiz uma poesia,toda rimada, tipo aquelas que terminam tudo igualzinho pra uma palavra puxar a outra. E como é bom! Aprendi a dar vazão ao que sentia, ao que pensava. Minha mente ganhou agora não só o passaporte do mundo, mas eu podia criar o meu próprio e coloca-lo no papel.

E assim foi, o meu primeiro “era uma vez....” e o “viveram felizes para sempre.” Como é bom sonhar assim. O inicio até que para os dias de hoje ainda vale, era uma vez, foram duas vezes, há repetir as coisas boas não seria nada demais. Não acha?

Mas ainda tinha o “e viveram felizes para sempre” que quando crescemos descobrimos ser a maior mentira já contada, pior que isso é que é repetida em várias histórias por ai.

“Tá mas pera ai”, a felicidade não dura pra sempre? Como assim?

Antes de responder,só direi um detalhe: crescemos.

Logo crescidos, percebemos o mundo e dele fizemos uma análise.

Alias não custa perguntar: Que mundo é esse? Loucura total.

A propósito, falando nisso, a loucura, alguém mais lembra onde foi parar a inocência?

Lembra que falei dela lá no inicio?  Estranho que depois de uma parte ela não faça mais parte.

Pois bem, o mundo, nós e ele, ele e nós. Interagimos!

Descobrimos que, um gesto pode mudar o enredo de uma história. Que história eu poderia mudar?

São tantas, mudamos as histórias a todo momento, e somos cruéis em muitas delas. Já sepultamos a inocência, e por mais que ela possa voltar, voltaria acompanhada. Sério! A inocência se volta na fase adulta vem com a desconfiança a tira colos. Andam lado a lado. Logo....não somos mais tão inocentes assim. É um caminho sem volta. Infelizmente!

Como eu gostaria de não me preocupar com o mundo, e vê-lo novamente mágico como era na infância. E podemos ainda vê-lo assim outra vez?

Não saberia lhe responder. Tão pouco por que essa resposta não seria eu que poderia lhe dar.

Mas lhe mostro o caminho. Relaxe! Respire fundo! Silencie.....entre na sua mente. Começe analisando o espetáculo do amanhecer, as flores, os pássaros, ou seja,contemple a vida e o quão boa ela é. Pronto! Alem de lhe mostrar o caminho, ainda lhe entreguei carimbado o passaporte.

De malas prontas? Viaje. Não tenha medo de parecer ridículo. Alias quem nunca foi , não é mesmo? E ser ridículo sozinho, (risos), não ela coisa tão ruim assim. Eu acredito que são nessas “insanidades” que nossa mente aponta para um crescimento. Achamos o caminho , agora pegamos o elevador,...vamos a altura que quisermos, no prédio de nossos pensamentos não temos limite de altura. Podemos buscar o infinito!

Nem que para isso, comecemos do “era ma vez”.Mas deixo aqui uma pergunta. Se este "era uma vez" foi bom, poque tem que ser só uma vez?

Recuperemos o viver, aguçamos a mente, e caminhamos perto da inocência, nem que não chegamos a andar de mãos dadas com ela, mas só o fato de estar perto, deixar enebriar com o perfume....já somos contagiados.

Imagine. Lembra que eu citei lá no inicio sobre as brincadeiras de infância, sugiro que tente viajar pra sua infância, deixe de lado as mazelas, aprecie somente o “felizes para sempre” e verás que era bom, que você tinha motivos pra ser feliz. Só deixou de ser quando cresceu.

Que paradoxo, se somos felizes, somos inocentes, quer dizer que não posso ser feliz não sendo inocente? Bem diz o ditado “ a beleza está nos olhos de quem vê”. Isso basta, se não conseguir ver a bela nas coisas....comesse do incio. Era uma vez!
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Imagem:http://mensagensparaquemamajesus.blogspot.com.br/

domingo, 17 de maio de 2015

Play da Vida!


Anderson Tomio

E chega uma sonolência,
o lado ativo da vida parece ter ficado pelo retrovisor.
Paro e suspiro querendo sentar, deitar a beira do caminho,
o filme da vida trava e uma única imagem
 vem frente aos meus olhos que mesmo fechados ha enxergam,
a vida e os caminhos percorridos.
O sono aumenta pesando-me as pálpebras,
turvando a visão, sombreando o olhar e ali adormeço.
Minha viagem rumo ao meu eu é iniciada,
e sei que nela não vou sozinho,
Vou com  um de meus “eus” me fazem companhia.
Me sinto seguro, confiante, falo em demasia,
as idéias vem de forma rápida,
luzes piscam diante de mim,
e meu eu me diz ..."veja
a luz que pulsa, essa luz que pisca
é a sua luz" e nela me extasio.
Me sinto acolhido, sorrio!
Num giro de alegria retomo meu caminho
o meu eu se junta a mim em um forte abraço
somos um, sou eu, meu eu e um só.
Acordo de minha sonolência
o filme sai do pause, o play da vida recomeça.
Sentindo-me forte como leão
e querendo ir ligeiro como lebre,
Sair da estática e ir além.
Buscar não na luz que está adiante
mas na minha, o meu futuro.
Confiar!
Dar o primeiro passo de atitudes e fazer!
A vida segue, pede passagem,
e outra parada, pode ser a estação final.
Aproveite a viagem!
Subir a montanha pode ser difícil,
mas o ar fresco e a visão que se teem
são recompensas e alento a tanto esforço.
Não fique a observar a luz, mas siga com ela,
a sua luz, e ha irradie por seus caminhos.
Adiante sempre!
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Escrita em 17/05/2015 - as 20:45h
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Imagem:http://www.1000dias.com/rodrigo/side-effect-divagando/

sábado, 7 de março de 2015

Nos braços da madrugada.



Anderson Tomio

Ah no ar o cheiro do meu eu
que mistura-se ao cheiro da noite.
Abro a janela de meu quarto e a brisa da madrugada
vem arrepiar-me a pele com sua refrescancia.
Nos arrepios do luar que me acompanha
abro também as janelas da minha alma,
percebo-me como parte desse imenso mundo
e ao mesmo tempo um ser minimo que se perde 
nessa imensidão.
O som de meu cantar interior faz sinfonia ao silêncio
da madrugada que me pega no colo e toma conta de mim.
Me entrego a ela, em ser, em pensamentos, e vago em seus 
braços na busca do que pode ser um sonho, ou mesmo 
apenas a plenitude de um repousar.
Me deixo levar! Abro os olhos e sinto ela que me toca  com o sono
a me envolver, acariciando me de  leve o rosto, e me fazendo um cafuné
que embala e faz-me ir adormecendo.
A madrugada me leva nos braços, os sonhos me dizem para onde posso ir, 
e num piscar de olhos vejo-os reais e na fração do tempo
o acalento toma conta, e adormeço em seus braços 
que em meu sonho parece estar aqui.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Sobre a liberdade...


Por Anderson Tomio

Quantas vezes eu quis abrir as portas de minha casa e partir,
olhar a imensidão além de meu quintal e dar um salto na direção do meu eu.
Caminhar por ruas e calçadas em busca de algo que pudesse dizer quem eu sou,
ir além de qualquer porta, muro ou janela,  ser liberto de todo sentimento de dúvida.
A vida teria tido um outro sabor, meus sorrisos teriam sido mais plenos,
e do meus olhos não teriam escorrido lágrimas de meu silêncio.
Sufocar-se dentro de si, viver algo que não é você,
por um tempo não vivi, existi de uma forma que queriam que eu existisse,
mas sabia que aquele não era eu.  Sentia na minha pele o perfume não só
de um banho refrescante, mas o perfume de minha essência interior.
A vida fez com que eu tivesse criado casulos, não pude criar as pontes que eu
tanto queria e por elas me ligar a um mundo onde todos podessem caminhar
nas calçadas, ruas junto comigo. Sentaria quando cansado a beira do caminho
para contemplar a beleza da vida e descansar minhas pernas de uma longa jornada.
O fato é, só se é feliz de fato quando você conhece a si  mesmo, sabe de todas as suas
qualidades e defeitos, e confidencia sua vida somente com Deus. Creio nele e sei
que ele me ouviu sempre, na hora em que eu agradeci, na hora em que eu pedi
 e principalmente na hora em que eu não disse nada, mas apenas chorei.
Agradar não é fácil! Se encarregado de na sua vida ser a felicidade do outro, mas não
a sua própria felicidade e ter que seguir o que dizem, não que você pensa ou é.
A vida é feita de tabus, o ser humano não poderia deixar de ser um,  mesmo se há ´padrões
até neles há uma complexidade humana que a sapiência humana não alcança.
Ser humano é ser inexplicável!
Cada frasco, cada tália possui uma essência, um perfume, e eles se misturam na
existência de uma vida, na prolongação em uma eternidade.
Somo eternos!
E nessa eternidade, o perfume , o som de nosso eu ecoa pelo universo e Deus permite que
sejamos únicos, e perfeitos por sermos criação divina.
O ser humano que se auto diferencia!
E cria portas, várias delas, onde o a, o b e o c deve estar, devem ser, e seguir a vida. Aliás
quando fala-se em vida, pensa-se em uma individualidade, que na verdade é falsa, porque
em sociedade a nossa individualidade é falha, sou eu fazendo parte de você, agindo, e sendo
um em micro e macro cosmo por viver em um único planeta.
Fuja se puder e isole-se da vida por crer que o outro pode fazer em você algo que você
não seria capaz de fazer. E o sabor da vida onde fica?
A vida tem sabor em sua diversidade! A igualdade é chata, os padrões são criações
humanas estigmatizadas por pessoas que tem medo do que tem dentro de si.
O padrão é feito para aprisionar a essência do eu!Ser livre, sem medo, olhar a cada manhã para o espelho e dizer, Eu me amo, do jeito que
sou, pois sei que sou obra divina, e eu , acredito, que não seriamos eu e nem você uma obra
com "defeitos" porque até hoje a a vida é plena de perfeição.
O defeito está nos olhos de quem vê!