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quinta-feira, 2 de abril de 2020

Quando as portas se abrirem....


Por  Anderson Tomio 

Quando as portas se abrirem, eu que agora recluso em meu apartamento,
tenho o tempo vem diante dos olhos, abertos que busca olhar além,
não além querendo ver o horizonte, mas querendo ver além de cada segundo, buscar respostas.
Quantas dúvidas vem a tona neste momento em que por querer viver somo colocados, entramos obrigados o voluntariamente em nosso cantinho do pensamento.
Era preciso parar! O ritmo frenético do mundo pedia uma parada, mas de que forma parar?
Não haveria maneira de frear nossa velocidade, seres humanos destemidos e teimosos que atarefados não querem parar diante dos ponteiros do relógio. A modernidade tem pressa!
Em reclusão, o tempo tem outra conotação. Os minutos respiram compassadamente os sessenta segundos, os milésimos abanam nos dando tchau, nessa dança do tempo ao qual agora percebemos existir e ser tão concreto.
A abstração de tempo, está sendo redefinida!
O tempo é complexo, o tempo é composto, o tempo é soma, e hoje mais do que nunca o tempo tem ingredientes que estavam ao nosso alcance e agora mesmo que queiramos não o conseguiremos de imediato. O tempo agora é feito panetone, que com frutas cristalizadas ali todas na mesma massa, fermentando no decorrer dos dias, quando pronto ainda ficam longe umas das outras. Quanta maturação teremos que passar? Qual o ponto de nossa massa para que fique pronta?
Quantos ingredientes gostaríamos de por, mas neste momento não estão ao nosso alcance pra toca-los, quantos olhares, abraços, beijos e afagos de saudade caberiam nessa receita.
Estamos reclusos, mas ganhando massa. Adquirindo novos valores, refletindo sobre os que já tínhamos, vamos ressurgir!
Quando nossos claustros se abrirem, novos seres humanos sairão da maioria das portas e tapumes, sairemos com a sede não só da liberdade, da paz, de saúde, mas correremos ao encontro do outro. Quantos outros? Pais, mães, filhos, amigos e todo um circulo que parou momentaneamente de girar, a roda da vida freou por um instante e você por muito perguntou se ia ou não parar? Você que estava nessa roda, imprimiu o ritmo da sua vida, as batidas do seu coração e sua respiração puderam ser ouvidas. O ser humano deu-se conta que é vida!
Seremos novos? Há quanto tempo não chorávamos de saudade de quem vimos na semana passada, por não saber se veríamos novamente. Há quanto tempo sentar-se a mesa com a família reunida na aquele almoço de domingo e saborear um bela refeição não ocorre? Será que o cardápio será mais importante do que a reunião das pessoas?
Transformações! É isso mais do que nunca que devemos agora levarmos conosco. As nossas arestas, o nosso lado cinza deve ser lapidado. Aprendermos!
E quando as portas se abrirem e você puder sair, lembre-se! Deus está contigo e  lhe acompanha!


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Imagem original:
https://psicosaude.wordpress.com/2011/06/08/abrindo-a-porta/

quarta-feira, 1 de abril de 2020

A VILA






Amanhecia logo apos a noite  chuvosa e os campos molhados da chuva se levantavam a balançar ao sabor do vento que ecoava no alto da colinas. O sol aumentava seu brilho a medida que as horas iam passando e o pico do meio dia se aproximava. O sol vinha para imperar toda sua majestade de luz e energia sobre os campos do alto da colina e sobre o pequeno vilarejo que seguia pacatamente aos pés do grande monte.
Nada de novo ou extraordinário tinham acontecido ate aquele momento e a vila vivia da mesma forma como nos seus últimos cem anos. As tradições, costumes e o ritmo de vida era o mesmo de um século, ao qual iam passando de geração a geração como se fosse um mantra a se repetir por pais, filhos e netos. Os rostos era todos parecidos, os sorrisos e as linhas de expressão daquele povo parecia ser o mesmo mapa, o mesmo jeito de linhas, curvas e  relevos. Mas o tempo, mesmo sem imprimir grandes mudanças, passou!
Os mais jovens queriam o despertar do tempo, os mais velhos que ele continuasse do jeito que estava, sem grandes transformações.
Mas quais transformações? ja percebeu que você pode estar morando nesta vila neste exato momento? Quer que tudo fique do jeito que está, porque você tem medo do novo.
Quais seriam as mudanças que você poderia fazer em sua vida e que contribuísse consigo e com os outros de sua vila?
O sol que nascia após a manha chuvosa, irradiou sua luz e energia sobre todo alto da colina, não escolheu qual planta, arvore ou rocha a iluminar e aquecer. E você ilumina e aquece, ou escolhe para onde vai direcionar sua luz e energia?
Sejamos como painéis solares, captando luz e energia, energia Divina e da Natureza e distribuindo a tudo e todos que por este “painel” passam. Pense! A luz continua sendo luz, porque em algum lugar há a sombra. Que lugar você quer estar?
E sua vila pode deixar o “mesmismo” de um século e ir além. Transforme!
As mudanças que fizemos em nós, de algum modo e de alguma maneira, sempre encontrará um jeito de ir além e atingir outras pessoas.
O sol brilha e a chuva cai para todos e neste todos a sua vila, a minha e de outros também o recebem. Para onde iremos? o Mesmo sol, o mesmo solo, o mesmo universo.
A vila  nosso planeta!
Ser luz, ser energia, ser água e evoluir!
Avante nós! Avante planeta!

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Imagem:
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