Seguidores

segunda-feira, 9 de abril de 2018

A sua carruagem!


                                                                                                **
Anderson Tomio


A carruagem anda, sacoleja o corpo, estala os ossos e segue viagem.
Para onde vais ó nobre cavaleiro?
A estrada é longa, esburacada e sombria ao passar a floresta.
Cuide!
E as rodas estalam, o chicote canta no lombo dos cavalos e hooo,
Disparam a seguir o rumo, avante ó cidadela desconhecida.
As costas doem, o corpo teima em se entregar ao cansaço da viagem,
Ossos doem, braços pesam e tudo sacoleja.
A floresta chega e a copa das arvores em túnel fecham o caminho, sombrio,
 e a medida que segue vai ficando sombrio e úmido.
A noite se aproxima e não há local de parada, avante que o tempo é pouco,
Não pare que a cidadela se aproxima, hooo no grito do cavaleiro e a carruagem para.
O barulho da noite toma conta, a estrada é breu que não finda sob os olhos,
Na fagulha da lamparina, o rosto, o sorriso e a confiança.
Não temos como seguir! É melhor fazermos silencio e aguardar o amanhecer.
Descanse! Logo aos primeiros raios de sol, seguiremos adiante.
Medo?
Como sentir se se há na condução de sua carruagem o experiente condutor?
Dormir?
Se assim conseguires, sonhe com alvorecer.
Logo a manha o sol retorna.
Dormes? Acordas? Reclame das dores?
Vai ficar sentado ou levantar sacudir a poeira o cansaço e seguir adiante?
Há um condutor a frente da sua carruagem, mas as rédeas estão em suas mãos.

____________
**
Imagem original;https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/dd/dd/b0/ddddb048525bca8c5e6536592bea675c.jpg