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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

No Mundo!



Por Anderson Tomio

Tantas idéias passam à cabeça e nessa análise de mundo, pergunto em que mundo eu vivo?
Muitas das vezes me pego observando o mundo de dentro, fazendo parte dele e tendo contato com as coisas que estão ao redor. Outras vezes analiso de fora, como se aquele mundo que vejo ao meu redor, não fosse o meu ou eu nem fizesse parte dele.
Devaneios! Pensamento que podem ser tolos, mas é amadurecimento.
Devíamos sempre agir assim. Olhar a vida ao menos sobre dois pontos de vista, tendo duas óticas diferenciadas, o ponto de vista e a vista do ponto.
Assim também deveria ser o convício social, em que a empatia fosse complemento do pensar e do agir. Se assim fosse, haveria menos danos a sociedade que tanto se diz civilizada.
E agora? Continuar nessa utopia de que todos fariam essa análise?
Mas fariam se esse processo fosse nato, incutido em nossas mentes e fizesse parte de cada um. Como? A educação nos evolui! Aquilo que vemos, os exemplos repercutem e muito na nossa formação moral. Há os pais! Se esses criassem seus filhos não somente para serem vencedores, mas para aprenderem a ser algumas vezes na vida, se ocorrer, derrotados, mas inteiros pelo processo de participação e de aprendizado que isso nos proporciona.
Olhar além de cada queda! Ver que os tropeços fazem doer os dedos do pé, mas faz também que tomemos mais cuidado ao caminhar na estrada com pedregulhos.
E então? Analisar o mundo, observar o mundo, estar e fazer parte dele, a fim de trilhar o melhor caminho. Assim deve ser a vida! E se encontrarmos alguém na caminhada, que possivelmente esteja sentado a beira do caminho, não vê-lo como um incapaz, mas como alguém que já andou tanto quando você e neste momento senta para descansar.  Ou seja, nem sempre as paradas são para desistir, mas para tomar folego!
Sigamos adiante!
Agora levanto, firmo novamente os calçados nos pés e então eu vou. Tenho uma estrada a seguir, um destino a chegar e pretendo aproveitar toda a beleza que este caminho pode me proporcionar.
E vou...

segunda-feira, 9 de abril de 2018

A sua carruagem!


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Anderson Tomio


A carruagem anda, sacoleja o corpo, estala os ossos e segue viagem.
Para onde vais ó nobre cavaleiro?
A estrada é longa, esburacada e sombria ao passar a floresta.
Cuide!
E as rodas estalam, o chicote canta no lombo dos cavalos e hooo,
Disparam a seguir o rumo, avante ó cidadela desconhecida.
As costas doem, o corpo teima em se entregar ao cansaço da viagem,
Ossos doem, braços pesam e tudo sacoleja.
A floresta chega e a copa das arvores em túnel fecham o caminho, sombrio,
 e a medida que segue vai ficando sombrio e úmido.
A noite se aproxima e não há local de parada, avante que o tempo é pouco,
Não pare que a cidadela se aproxima, hooo no grito do cavaleiro e a carruagem para.
O barulho da noite toma conta, a estrada é breu que não finda sob os olhos,
Na fagulha da lamparina, o rosto, o sorriso e a confiança.
Não temos como seguir! É melhor fazermos silencio e aguardar o amanhecer.
Descanse! Logo aos primeiros raios de sol, seguiremos adiante.
Medo?
Como sentir se se há na condução de sua carruagem o experiente condutor?
Dormir?
Se assim conseguires, sonhe com alvorecer.
Logo a manha o sol retorna.
Dormes? Acordas? Reclame das dores?
Vai ficar sentado ou levantar sacudir a poeira o cansaço e seguir adiante?
Há um condutor a frente da sua carruagem, mas as rédeas estão em suas mãos.

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