Anderson Tomio
Não imagino que exista um
sentimento maior que a impotência!
A impotência de querer mudar
muitas coisas e saber que estas mudanças só ocorrem com o passar do tempo.
Questões de dogmas, paradigmas,
regras, normas e mesmo hábitos que estão tão enraizados e fixos na mente como
se de fato fosse uma verdade absoluta.
É aprendizado o tempo todo! Querer
entender que muitas coisas dependem de ponto de vista, de entender que muitas
das coisas que pensamos e acreditamos ser o mais sensato, correto, de fato é só
uma forma de visão que um dia alguém lhe instilou como verdade plena.
Cortar esses brotos ou os hábitos
de erva daninha que só estão ali para atrapalhar a construção de um novo ser,
que percebe que rever conceitos não é abdicar de si, mas por em si mais carimbo
no passaporte da vida indicando que viramos a pagina e seguimos capitulo
adiante.
O quão válido é se perceber um
ser em construção, e ao rever o que lhe faz mal, querer mudar, é como se estivéssemos
fazendo algo de errado. Uma loucura! É como
se tudo que aprendemos e nos foi conceituado,
e por algum motivo não queremos seguir o ciclo, mas percebemos que nessa
alteração de padrões nós mesmos nos podamos por entender naquele momento que
não estamos evoluindo, mas transgredindo alguma coisa.
O fato de não ir adiante, de
concretizar mudanças por acreditar que seguir tudo que lhe foi dito, e que você
em sua analise entendeu que algumas das coisas, das regras ou mesmo ditados de
pensamento, são diferentes daqueles que em sua essência gostariam de ser de
fato posto em pratica.
Dilemas!
E ao repetir os mesmo conceitos
incutidos, se percebe que a mente parou. Que nossa capacidade de resiliência,
ao que se diz, do pensar, em rever e recriar ficaram ancoradas a uma lista de
coisas que um dia alguém me disse que era por ali o melhor caminho. Analisei, e vi que muitas vezes não era.
Ao fazer cair nessa percepção,
para de fato mudar, começam as lamentações. Que sempre foi assim, que agora
deixa como está, que já passou muito tempo, que não vamos mudar tudo, e assim,
o ciclo se repete e ganha mais uma geração.
O despertar pode levar outros
tantos anos e ainda assim se quisermos esperar, podemos estar apostando em uma
nova geração, que seria a transgressora e revolucionaria de pensamentos, mas e
se não for?
A chance da mudança pode ser com você,
onde aquela sensação de impotência, tenha que ser “im” impulso, imediato e
porque não emergencial?
As ancoras, as amarras, o deixa
para depois vai até quando?
Haverá um momento na vida que
essa reflexão vai chegar e como disse no inicio a sensação de impotência pode
chegar, justamente porque não foi feito toda a mudança que seria preciso fazer.
Para caminhar é preciso erguer o
pé e movimentar-se, caso contrário, observaremos o mundo do mesmo lugar sem
permitir que outro ângulo nos venha ao horizonte.