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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

MEMÓRIAS!

 


As vezes não sei nem o que dizer, outras vezes se quer me dou ao trabalho de falar tudo que sei e tudo que sinto.

É um misto de interesse e de abandono que me coloco como um móvel ao qual não queremos mover de lugar, o lugar é ali, deixa ali,  esta bem ali.

As poeiras se acumulam na alma que nem o vento do teu silencio foram capaz de remover,  acaba impregnando e numa simbiose passa a fazer parte do que sou.

Memórias!

Simplesmente à ela passo a pertencer e aquela saudação irônica do “oi sumido” sumiu e desapareceu na rolagem vácuo que ficou em nossa ultima conversa.

Ainda falo,  ainda penso e por diversas vezes imagino como reagirias aos acontecimentos e os causos do cotidiano.  A conversa era leve, dava risadas, outras fazia sentir raiva e até a xingar. Hoje o diálogo é mudo e frases de efeito ou opiniões mais rígidas sobre o assunto não despertam mais nada.

Ela cresceu por entre todos o versos, por entre todas as prosas e se tornou um esparramar de letras que não fazem mais tanto sentido,  formam somente a definição de apatia, de não estou nem ai, e eu com isso?

Por tantas vezes houve o calor das conversas e o frescor das risadas, aquelas que tirava o folego e doía a barriga e fazia com que o tempo parasse e só que era bom ficava no ar.

Memórias!

Ao vasculhar gavetas do armário abro não somente elas, mas destampo  cada caixa da memória em que guardei o que era bom. No pacote amassado jogado no fundo de qualquer  lugar , algum vestígio do que era ruim e marcou, criou cicatriz.

É estranho estar presente sem que o que é passado pudesse me acompanhar para o futuro e ir além de qualquer planejamento.

Surpresas!

Quando as imaginamos, nos vemos como nos filmes em que todos etão ao seu redor  e ficam na expectativa da sua reação ao novo que recebes sem saber que iria chegar. Nem sempre as surpresas sorriem! Elas podem de forma a fazer jus ao próprio nome, de surpresa, sorrateiramente vir e levar os sorrisos que eram tão intensos.

Eu sei que sorrir com saudosismo é trazer ao presente o perfume e o gosto do passado.

As memórias  emergem mas não flutuam por todo tempo, oscilam como as ondas, hora nas profundezas escuras, hora na superfície clara.

As pessoas se reencontram, mas não reencontram o momento!

Os destinos se cruzam mas nem sempre o cruzar faz tecer a trama do ficar.

Ah! Memórias!

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Como o plástico bolha.

 


Entre devagar como quem não quer nada pare a espreita e fique observando.

Não tire minha  concentração neste momento de imersão,

Onde mergulho fundo ao contemplar o nada, vendo somente o meu interior.

De raso e abstrato ao profundo e concreto, viajo dentro de mim!

Pulsando em cada lampejo e lapso de memória o que vivi e o que sonhara em viver antes do derradeiro suspiro.

Ah quanta coisa vejo e acabo por viajar em todos os sentimentos e sentidos, sentindo em minhas narinas o cheiro da manhã de chuva.

Umedeço os olhos como se cada gota de chuva estivesse a lavar meu rosto e o sonho se torna cada vez mais real, trazendo à tona todo o sentimento e experiência que já pude contemplar.

A vida é maravilhosa!

Venha! Saia deste canto e senta-se a sala comigo. Vamos conversar!

Preparei o melhor doce que pude e caprichei no ponto do café, espero ter acertado!

Assim como um singelo gotejar de orvalho, me propus de forma sutil dar um encanto a nossa conversa.

Falar da vida, olhar o que passou e suspirar pelo que pode vir, ter os pés no chão, mas em alguns momentos flutuar com sutileza, sem desgrudar de vez de onde se está.

Oh tempo! E da alvorada ao anoitecer o espaço dos acontecimentos.

De poucos, de muitos, e do lugar onde a estática só observa querendo chegar mas não consegue.

E o que íamos falando mesmo?

O tempo passa e com ele nossa conversa flui tal como vento pelas frestas e as aguas pelos rios, tudo se vai e tem seu curso e  a palavra finda.

O som encontra o silêncio, o dia encontra a noite, sol encontra a chuva e a vida encontra a morte.

O espaço entre dois é feito de encontros.

E então as pessoas se encontram e reencontram,  mas não encontram ou reencontram  o momento, o espaço do ar se rompe, e somos  o  plástico bolha, estaremos ali, mas sem o ar,  nossa função se foi.

A ausência de espaço é despedida!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

PRECISAMOS CONVERSAR!

 

Precisamos conversar!

 Sente-se aqui ao meu lado me dê de presente a sua preciosa companhia, vamos conversar!

Pensar um pouco juntos, falar aquilo que está a tempo trancado nos esconderijos de nossa alma, sejam dores, mágoas ou frustrações. Sim isso também faz parte dos dias, mas fazer parte não quer dizer que tenhamos que carregar por uma vida inteira.  Deixe esses pesos no caminho, bem onde eles ocorreram, siga adiante e não olhe para trás com pesar de ter deixado.  Pergunte-se: Eu precisarei disso no meu futuro?

Ninguém precisa de mágoas, dores e ressentimentos para viver, embora eles por algumas vezes tenham feito parte de nossa jornada.  Veio, aconteceu, já deixou sua contribuição a nos tornarmos fortes, a pensar em tudo e em todos e pronto, já se foi.

Nesse momento você deve estar se perguntando: “Ah se fosse assim fácil”.

Mas me diga, porque não haveria de ser?

Já me sentei à beira do caminho tantas vezes me questionando o que eu estava fazendo ali, ou mesmo porque escolhi esse caminho para percorrer.  A força encontrei em uma palavra APRENDIZADO. Quem aprende, é mais resistente e forte a cometer o mesmo erro outras vezes. Mas acontece, e quando percebemos já cometemos. Outra vez sento a beiro do caminho e me faço as mesmas perguntas. O erro pode até se repetir, mas com certeza a resposta para ele será outra, encontraremos uma solução diferente da primeira vez. E assim a vida vai fazendo o seu laboratório.

Então me responda:

O que se faz em um laboratório?

Pense...

Hum....sim pode ser, é isso também, mas o que mais?

Em resumo, se faz análises, se faz experiências, e disto tiram-se os procedimentos, as receitas, as bulas. Mas voltando a vida, o que precisamos mesmo para continuar a caminhar no mesmo caminho e sair dos mesmos obstáculos?  Experiência!

Quem não sofreu alguma dor, não sabe qual remédio tomar para aliviar o sofrimento.

Você sabe!

Sim não é pergunta, é uma afirmação, VOCÊ SABE.

Quantas vezes, qual a dosagem, se dose única ou homeopática, você vai decidir.

Aliás, olha que interessante à palavra e todo seu contexto... ”Você vai decidir”.

A vida é feita de decisões!

Se no bom comparativo, o bom jogador só define o jogo com o gol da vitória se ele analisa e conhece seu adversário. Observe novamente falando em análise e experiência.

O que a vida tem lhe dado naquelas vezes em que você sentou a beira do caminho e chorou, ou naquelas em que você não viu nada além de um problema e achou que tirar sua vida era resolver tudo. Deixo frisado que, assim o que acaba é a vida, o problema continua e com isso você ao morrer gera outros.

Vamos viver! Analisar! Ser experientes!

Em outro comparativo temos o jogo de xadrez. O jogador muitas vezes por minutos, às vezes horas analisa e estuda como fazer, seu objetivo é o cheque mate.  Foi e venceu!

Sim, eu sei. E se não vencer?

Se não vencer, as derrotas lhe trarão o que já falei acima, aprendizado. Os erros tendem a ser evitados, e se ocorridos, as estratégias serão outras. Uma hora acertamos e vencemos!

Vai desistir antes ou persistir e poder comemorar a sua vitória?

Você é quem sabe e é livre para tomar as suas decisões, mas lembro de que há um grande técnico que pode lhe dar as dicas de uma “boa jogada”. Deus! Siga em frente, mas não se esqueça dele, pois com certeza ele te dará as dicas de como vencer.