Anderson Tomio
Entrei!
Abri a porta de casa, e ainda no escuro dei o primeiro passo
indo ao escuro, mas um lugar já conhecido.
Acendi a luz, o ambiente claro mostrava seus detalhes,
e por instantes fiquei ali mesmo, logo após a porta,
pensando no que faria dentro de meu lar.
Vários pensamentos me vieram a cabeça,
mas nenhum deles teve força sufiente para tirar-me da inercia.
Parei, de forma estática, inerte senti a brisa que adentrou a porta
tocar em minha pele.
Abracei-me ao vento, deixei com que ele me carregasse pela sala
numa dança a dois. Vaguei...
Estendi as mãos e fizemos as evoluções de uma valsa,
no ir e vir ao som do compasso ternário.
Entre rodopios senti que a mão que me segurava a dançar
poderia ser qualquer uma das mãos ao quais já me estenderam um dia.
A sua por exemplo e assim dançaríamos juntos.
A vida é uma canção, uma dança, uma valsa,
que quando dançada sozinha, parece desvaneio
ou loucura, mas é o treino para o acerto dos passos.
Logo, dentro de casa, seguro e em meu refúgio
centro-me, treino-me e estou em maturação
e te pergunto,
quando eu já tiver noção do ritmo dessa
canção chamada vida, e quiser voltar
para o baile das interações humanas
onde os sorrisos e os olhares ecoam
no coração como um tambor,
nesse instante estarei apto, querendo de fato dançar
e espero que você venha bailar comigo.
A musica, a da vida, o ritmo, o do coração
o compasso, o nosso, o tempo, o duradouro,
A trilha sonora de uma história, a nossa!
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