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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

E a empatia?

 Por Anderson Tomio


Ando tão pensativo ultimamente, que se paro por algum segundo sou capaz de fazer uma volta ao mundo e com várias escalas.

A mente voa, os olhos fecham e temos o mundo diante de nós!

O momento não é de ir e de vir, mas de ficar. Ficar cada dia mais consciente de que um novo mundo esta surgindo.  Estamos na fase da lapidação.

O mundo expõe as suas mazelas,  está dando as caras e revelando seus problemas. São  anos de maus tratos a natureza,  a educação, a ciência e as pessoas. Sim, a humanidade se maltrata e não percebe. O meu ato isolado se torna coletivo e hoje as mazelas mundiais afloram.

Entendo que você dirá que fechei os olhos por muito tempo e a minha viagem nos pensamentos foi muito longa, profunda demais ou até mesmo insana. Mas viajei em busca de respostas, em busca da realidade.

Encontrei fatos que não sei se são acontecimentos ou cicatrizes que se abriram.  São enxurradas, terremotos, erupções vulcânicas,  ciclones,  guerras, temperaturas extremas, aumento dos oceanos,  extinção de animais e o surgimento de novas epidemias e pandemias.

Há o caos instalado e silencioso, que nem nos dávamos conta se não fosse por 2020.

Você pode me dizer que isso sempre existiu e que está dentro da normalidade. A normalidade aqui é cuidar! Fazer cada um sua parte, sem de forma micro ou macro dimensional, mas cuidar.

Tenho ouvido a frase da moda “ o novo normal”. Mas que novo normal é esse?

Habituar-se ao caos e não fazer nada para reverter algum dano causado?

O “novo normal” é ser inerte?

Não devemos nos habituar, e sim passar esta fase de forma adequada a ela, mas não credo que isso será e deve ser um habito concebido e que deve ficar.

O que é bom deve ficar! O que é bom deve permanecer!

E esta muito vem, muito se vai, feito cometa as vezes demora voltar; a empatia. O ser humano  cerceado de seu mundo de valores, rótulos e crenças,  permite que tudo tome lugar primordial a ser empático, a ser humano e ser amoroso.  As filosofias vãs ganham destaque e nós perdemos a dignidade humana.  Nosso conhecimento que poderia ser utilizado para nos melhorarmos,  serve hoje para causar e aparecer.  O imediatismo do dedo apontado.

E assim....por entre essa mesma mão que ostenta esse dedo apontado, a vida se esvai como poeira ao vento. E o tempo passa, passou.

A viagem do pensamento se perde,  os focos mudam, e o que é meu primeiramente é direcionado, e valido é primordial.

Ah o outro, é só o outro. O mundo é só o mundo;  não irei precisar dele eternamente, então de que vale?

Vale perguntar, e a empatia, mora onde?

 

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