Abri a porta e deixei todo
silêncio que vinha do corredor entrar. Não levantei se quer os pés para ir além
do beiral que demarcava onde era casa onde era rua, permaneci ali a espera de
um vento que me levasse pelo ar. Pairei!
Observei de longe o que se
movimentava no espaço e reluzia luz em minha direção,
Era o sol, que sem a companhia do
vento frio me aquecia mais rápido.
Inclinei meu corpo para fora e os
ecos do silencio vieram em minha direção, e ao chegar em meus ouvidos, percebi
que o som que ecoava pelos corredores em penumbra era vozes de um desconhecido
lamento. Busquei refugio momentâneo dentro de meu claustro e não quiser saber o
que dissera, mas o eco veio mais forte fazendo com que um agudo som permanecesse
em meu ouvido por alguns instantes que pareciam não ter fim.
Dei passos, encarei o corredor de
frente e parti. Fui adiante sem saber o que me aguardava a cada novo passo que eu
dava rumo ao desconhecido.
Como assim desconhecido se sei
bem onde moro, onde estou e que lugar é este?
Sim eu sei, mas sabia antes que a
penumbra tivesse chegado a mim. A partir dai era outra circunstancia de vida,
outro momento que só me dei conta de sua totalidade quando senti que meus pés
não tocavam de fato o chão, mas mesmo assim eu os ainda sentia sob mim. Na fé e na coragem segui e buscando a luz fui
adiante.
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