Anderson Tomio
Vibra feito trovão
e ecoa horizonte adentro, no vazio
a madrugada testemunha o grito,
afastado do silêncio, choro,
me prosto diante de meus medos,
dou chance que me chicoteem
e padeço por um instante da eternidade.
Cai a lágrima solitária, que num gesto ousado,
sai de mim e suicida-se no vazio,
lança-se ao chão como sendo a melhor alternativa,
busca um rio que não existe, seca.
Cristais formam-se no seu leito de morte,
e o sal de minha vida agora é pó,
voa com o vento e conclui seu objetivo,
estar livre.
Eu, ainda diante do abismo, não pulo,
não olho e recolho-me pra dentro de mim,
escondido do mundo, emudeço nas palavras
mas sou puro sentimento,
sensibilidade se faz presente,
e o exemplar humano humaniza-se
mostrando-se como é, como se sente,
e então é puro homem,
com passado, presente e talvez um futuro,
mas com objetivos, com sonhos,
que se perdem no horizonte escuro.
Mas sei que há uma luz, eu sei que há,
e na fagulha que vejo me firmo, me ergo,
e com passos fisioterápicos,
inicio minha caminhada.
Transponho os medos, salto o abismo,
e percebo-me diante da luz,
onde agora estás a minha espera de mãos estendidas.
E não exito, sigo como que tem hora marcada,
bagagens a postos e começo minha viagem
rumo ao tempo de onde eu um dia partira.
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escrita em 28/03/2011 – 19: 32 h
imagem: viajenajanela.blogspot.com/2011/03/sentimento...
Nos encantando sempre com seus poemas Anderson!
ResponderExcluirBeijão imenso em seu coração e obrigada por compartilhar coisas lindas!
Verinha
Poema lindo demais!
ResponderExcluirAbraços, amigo.
Vc tem banner? Se tiver, posso divulgar também, em meu blog.
ResponderExcluirEncantadoras palavras!
ResponderExcluirEsperança!
ResponderExcluirLindo post!
Gostaria de convidá-lo para ver meu blog também.
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