Muito de mim, um pouco do mundo: a união substancial da alma, das palavras e das bagagens que agrego do mundo. Blog focado em poesias, crônicas e textos de minha autoria. * Ano 14 *
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Certezas
Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…
e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…
e que valeu a pena.
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Desde o dia em que li esse poema, ele não saiu de minha mente.
Mario Quintana, foi extremamente sábio, o ontem de Mario, está hoje com de algum modo presente
em muitos de nós, que igual à ele...temos certeza.
Só o que nos tira as certezas....é o MEDO ...como na postagem abaixo.
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Fonte: http://www.lendo.org/certezas/
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Medo
Anderson Tomio
Este “ser” , invisível, imprevisível,
que mexe com a mente, que assola corações.
Loucura, somada a sanidade, um flash,
relapsos de coragem , colapsos de incapacidade,
que fecham as garras tenazes, sufocam,
a respiração que ofega.
Ser cruel és tu, o medo!
Que me assolas nas horas em que me encorajo, viver,
no tempo em que ouso, ser.
Quem tu pensas que és, o que tu pensas que podes?
Diante do amanhecer me vejo tão grande,
mas se me afrontas, reduz-me, encolho.
Porque queres tomar conta de mim?
Que vais ganhar tendo-me seu refém?
Larga-me e segues teu caminho,
procuro o meu, sem atalhos,
pois neles tu se escondes.
Como vento sutil, me entornas,
como álcool inebria-me,
e igual a noite,
colocas me o véu, cobre-me o olhos.
Deixo de ser, paro onde estou, ou mesmo recuo,
porque somente tu me conduzes.
Mas não entendo porque permeia-me
porque em mim se instalasses, me contas?
Ser do bem, ser do mal, não sei qual discernir,
mas sei, que me detém, freia-me,
circundando meus passos como quando
aprendera à andar.
Se tento ser mais forte, pulso, acelero,
me tiras o ar, me fazes suar, acabas comigo.
Se me rendo, desmonto, caio ao chão,
desabo em prantos, por não ter te vencido.
És cruel ó medo!
Que tenho medo, me tens medo,
nos temos, eu tentando,
você me tendo, cercando-me,
permeando minha mente,
fazendo que eu seja fraco,
outrora tão forte na eminência de te vencer.
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escrita em 28/09/2010 – 19:05 h
Imagem:blog.cancaonova.com
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Retrato Humilde
Anderson Tomio
Sempre que sinto fome
lembro-me de não ter comido
pois comida, nunca tenho
que já avia esquecido.
Quando acordo de manhã
vou logo trabalhar
catar papel pela favela
para aos meus filhos criar.
Sempre é assim
mesmo que o tempo não passe
eu vou trabalhando e lutando
e aos meus filhos vou criando.
Sou humilde, mas decente
não sou igual há todos
que além de pobres são podres
com a mente decadente.
“Seja sempre assim mamãe,
que nós te adoramos...”
É meus filhos amados
hoje comida...nem sonhando!
Ouço ainda o rádio todo dia
com pessoas ligando
eu nem telefone tenho,
nem me ouças ao que resta ficar ouvindo.
Os políticos só prometem
de tudo, quase nada cumprem
e o povo humilhado e enganado
só me resta fome passar
e dos políticos...esperar.
Todo dia é assim
a favela vira inferno
brigas, tiros, malandros fazem de tudo
e o pior, não estão brincando.
Otários, sim são alguns
e principalmente o povão
nada fazem, só esperam
então...dá-lhe corrupção.
Se o meu “probema” fosse vida
disto não iria reclamar
vitalidade sempre tenho
e vontade de lutar.
Seja como for o mundo
luto e vivo lutando
até o dia que morrer
aos meus filhos vou criando.
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imagem:http://cafecomletras-lu.blogspot.com/
sábado, 25 de setembro de 2010
Segredo

Que segredo carrego em mim, que segredo carregas em você?
Há tantos falando nele, há muitos se perguntando, como, onde, porque?
Eu tenho um segredo, e quem não tem?
Porém o meu segredo, não é mais segredo quando eu mesmo descobri em mim onde ele estava.
Comecei a analisar, a vida, os meus dias e fui chegando há uma conclusão.
Primeiro comecei rever,quem sou, o que eu fazia, quais minhas origens. Anotei tudo, tentei não deixar escapar nenhum detalhe.
Depois, continuei. Passei então a descrever, minhas tarefas, o que eu faço,como faço, onde trabalhei,onde trabalho agora. Essa etapa também não foi fácil,porque são coisas de tempo.
Mas não me intimidei pelas memórias, continuei a tecer “ minha colcha”, minha vida.
Passado algum tempo nesse regate de memorias, me senti feliz.
Percebi o quanto já tinha feito e continuava a fazer. Me dei conta de ser útil.
Parece engraçado,mas não é sempre que percebemos isso, de nós mesmos. E então só reclamamos.
Mas ainda faltava uma parte, eu precisava descrever, analisar os fatos que me levaram até aquele momento de vida. Eu não tinha encontrado com toda certeza de ser, o segredo, uma coisa que fizesse eu crer ser a mola que tinha me impulsionado até então.
Queria saber. E o que isso poderia mudar minha vida? Não seria uma constatação de momento?
Não era certo, a essa altura da analise, pensar assim, que o momento já se fora, se não, não chegaria ao fim. Eu precisava prosseguir.
Já havia refletido bastante, mas o que não tinha analisado mesmo, foi o meu eu interior.
Porque já sabia de minhas origens, de meus trabalhos, do que realizara com o tempo.
Mas era preciso, fazer agora uma viagem interna, buscar meu interior. Perceber o que penso, como ajo, analisar meu caráter.
E comecei. Fui pontuando, isso, aquilo. Fui percebendo o que acho certo, o que acho errado, as coisas que me fazem feliz, e o que me deixa triste ou indignado. Tinha também que encontrar o
meu senso de justiça. A base da moralidade.
Foi nesse ponto que abri uma nova porta. E sabe donde fui parar?
Na minha base, nos meus princípios morais, revelei minha formação moral.
Só então me dei conta de uma coisa. Que somos indivíduos autônomos, que agimos por vontade própria, mas que uma coisa nos norteia o tempo todo. É atemporal, é a família.
A base de tudo. Seja ela como for, de muitas maneiras constituída, mas a família nos forma, nos põe nos “trilhos”. Nesse ponto, é por conta e risco de cada um. Nos tornamos independentes, como dizem “aprendemos a voar” e com muita certeza passaremos a agir com base no que aprendemos na família.
Você pode estar se perguntando, “quanto rodeio até chegar nesse ponto?”.
Mas meu objetivo era fazer ao menos você refletir sobre uma vida, sobre você.
Já e dito há muito tempo “A família é a base de tudo!”
E nisso só agradeço a minha. Severa, conservadora, com pontos positivos e outros nem tanto, mas é minha, é única, é dela quem vim, é nela que vivo, enfim é a família que eu amo.
É em vão acreditar que a dos outros ou a do vizinho é melhor. Pense! Se a sua não vai bem, jamais irás expor os pontos negativos, deixaras a mostra os positivos e isso fara com que acreditem que sua família seja perfeita. Por isso podemos achar que a do vizinho é melhor, mas todas sejam quais forem tem seus problemas, tem suas qualidades, tem o “cordeirinho” e a famosa “ovelha negra”.
Falando em ovelha negra, já percebeu que sempre achamos que somos nós? Quer ver isso, relembre os momentos de revolta, de conflito. Pronto! Sobrou pra você....Mas não é essa a questão agora. O que quero dizer é que o verdadeiro segredo, está no amor. Na base de nossa vida. Somos quem somos devido há isso. Esse ditado que “pau que nasce torto, morre torto” já era. Amor, atenção, dialogo, endireitam muito. Somos resilientes, reagimos ao meio. Somos fruto dele. Ou seja, pra mim, o grande segredo da vida, do presente e do nosso futuro, passa por uma só instituição. A família. Seja ela como for....é única. É base! Se nela tiver uma gota de bondade podemos fazer um oceano. Porque o que precisávamos era essa gota. Com ela a semente germina. E vale lembrar....que sejamos “árvores de bons frutos” e não “arbustos espinhosos”.
Seja feliz!
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Imagem:piauinet.com.br
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Beijos
O Luar a beijar nossa praia
e eu a beijar teus lábios
a onda a beijar as areias
e nós a lermos os sábios.
Sentia forte o teu beijo
que não quis cessar o beijar
e com beijo cresce o desejo
de outro beijo te dar.
A cada roçar de língua, um beijo
e eu a beijar-te como o luar
vinha na praia perdida,
perdidamente a te beijar
o teu beijo na noite, beijo sem terminar.
A vontade de tudo cresce no beijo
e não mais só teus lábios beijava
passava o beijo em teu corpo inteiro
e aos lábios logo voltava.
De beijo em beijo, cada um mais forte
e com beijo, crescia a força
de um e mais um beijo
gostoso em tua boca.
Em teu queixo,
em teu pescoço,
em teu......
Sou louco ao beijar-te pouco
mas mais louco se pouco beijar
teus lábios com os meus se encontram
buscamos a magia do beijar.
Teu corpo agora beijado
e beijado em todo lugar
mas com certeza já sabes
em tua boca eu retornar.
Quero ter em meus lábios o calor
do teu beijo, do teu tudo
eu, aquele tão tímido, sou louco
mais um beijo pra delirar.
Vamos a cada beijar
eu e você, eu em beijo
você em desejo, querendo
mais beijo,mais tudo
beijando começar, beijando terminar.
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(27/01/1998)
Imagem:gordinhaousada.blogspot.com
.Tolerância ou Intolerância?
Somente S.
Anderson Tomio
Seu sorriso sai
seu semblante suspira
sorrir, se sopra suaves sopros,
sendo seus sopros,ser saudade.
Sabes,seu sorriso suave
seus sussurros, seu sopros,
sempre são saudades, são sentimentais.
São sabedores, sopros superiores.
Sou seu sentimento
seu ser sublime
seu sopro, sua sabedoria.
Sempre saberás
se sinto saudades suas
sou sempre seu sorriso, sua sombra.
(escrito em 14/10/1994 )
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Vento
Anderson Tomio
Vento que varre o quintal,
afasta das pedras toda poeira,
abre caminho em meio ao capim,
faz da folha que cai, uma borboleta,
sopra, vaga, abraça,
ó vento, que cantas aos meus ouvidos,
que mensagens trazes de longe,
o que insistes em me dizer?
Eu viajante do tempo,
sinto teus braços me abraçar,
um enlaçe, uma união,
me arrepias com teu toque frio.
As mensagens vejo no céu,
escrevestes pra mim usando nuvens,
eu contemplo, a mente voa contigo,
deitado a relva, flutúo,
sinto me a voar, me levas,
me envolve em teus braços,
me carrega contigo, ó vento.
No teu canto, me embalo,
na tua leveza repouso,
adormeço.
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Imagem:cidadesolitaria.com
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Processo Criativo.
Anderson Tomio
A música embala os pensares, tantos deles,
vago e viajo num conjunto de notas,
as vezes as mais graves, outras mais agudas,
todas tocas, soam, me levam,
com elas viajo, vou ao meu interior,
nele minha consciência dialoga comigo, me intui,
e no compasso da música surgem as palavras.
Vem como relâmpago, preciso escrever,
e escrever, e escrever, não posso perder,
nem uma, nem o fio, nem minha voz interior.
A mente dança freneticamente, me diz muito,
e ouvindo minha voz interior, escrevo.
Coloco aqui todas, não ouso em trocá-las,
sou logo advertido e a minha voz interior me diz,
pra deixar como está.
Processo louco, que poucos entendem,
se assemelha a abrir uma torneira
tem que ser rápido pra por a água no copo,
se não ela desce pia, cano adentro e já era.
Se fechar, não é mais a mesma água que vai sair,
não tem como moldar, tem que ser esta, é única.
E minha mente fica assim, ouve a música,
escreve e lê ao mesmo tempo, mas não pensa,
só escuta o que vem do interior, e joga,
na tela à digitar, ou no papel à escrever.
Insano processo de criar, de compor,
de se doar nas palavras.
Torná-las únicas, belas e sutis
para te tocar, para te fazer pensar em meu pensamento.
Sim, pensar em meu pensamento,
não penso quando escrevo, deixo apenas fluir,
penso depois quando leio o resultado,
e aprecio minhas palavras, ou não tão minhas,
mas de meu corpo escrivão e minha alma
que dita-me cada sílaba, verso e linha,
numa doação de amor.
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Escrita em 17/09/2010- 00:18 h – ao som de Marrakesh – by Lorena McKennitt
Edição de imagem:AndersonTomio
Imagem: musica:bensbrasil.com
Imagem: olho:blog.notopodarenda.com
Imagem:mão:andreluizsiqueira.wordpress.com
Imagem: mente:esde2010.wordpress.com
No caminho da luz!
Anderson Tomio
Palavras, tantas delas soltas num papel,
alimentando a alma, ferida,
regando as memórias de meu passado, sombrio,
deixando-me declarar o que realmente sou, alma
vivendo na escuridão, ou no mais profundo sono,
mas vivendo esperando meu regresso.
O tempo me dirá daqui a algum tempo
o tempo que por aqui fiquei, na espera,
escutando gemidos e rangeres de dentes, na sombra,
mas esperando o meu regresso, a minha volta.
Começarei engatinhando, virei de baixo,
mas ressurgirei como quem veio pra brilhar,
serei aclamado e afastarei das sombras,
ofuscando seus olhos com minha luz,
serei nobre, mas humilde, serei amigo.
Quero nas palavras, dizer-te a saudade,
o quanto esperei pra estar ao teu lado, viver na luz,
e agora sorrir, somente sorrir e viver.
Meu regresso sei que não irá demorar,
mas preciso acostumar-me a volta,
me adaptar a terra, que a tempo habitei.
Viverei junto ao mar, serei capitão,
o meu exército será de paz, mas navegará,
de encontro aos inimigos da minha palavra.
Era essas a palavras, poucas, mas minhas,
ditas, escritas por ti.
Me vou, a luz ainda me chama,
dela tenho que me abastecer para voltar.
num regresso preparado e breve.
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Escrito em 16/09/2010 – 23:35 h-intuído
Imagem: Miguel da luz.l original:http://www.luzcristica.com
edição imagem: AndersonTomio
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Amor…antigo ou novo?
Anderson Tomio
“eu sou aquele amante a moda antiga…..
….do tempo que ainda manda flores…”
Flores? Odeio rosas vermelhas, amo o amarelo”
Que?
O que você está fazendo, ao partir e me deixar só
esquecer do nosso legado que pretendemos contruir,
esquecer do ontem, nem se quer ver o hoje, assim?
Não quero nem pensar no amanhã.
Estou pela metade, porque você é uma parte de mim,
e está indo embora, não vá!
Serei pelo “meio”, meia vida, meio amor,
querendo ser teu, torna-se inteiro, torna-se único.
O vento leva teu perfume,
as velas todas choram ao fim do jantar,
restam um rio, as estalactites da alma, penduradas no castiçal.
Não queria falar das flores,
mas essas enfeitaram nossa cama,
deram aroma ao nosso banho.
Será que foi isso?
velas, pétalas, incensos, já estão tao comuns nos “ninhos de amor”,
as separações também.
Mas porque?
A cada dia querendo me completar,
buscando contigo uma aliança, um elo,
mas nos tornamos somente argolas.
Estas podem estar próximas,
mas argolas não se unem, são individuais!
Estou meio, sem o perfume,
no escuro das velas que queimaram,
sem falar no jardim, que das rosas,
só restarm as ramas…
Quanto tenho me dado,
quanto tenho ficado nas noites, nos dias,
ficado a te esperar, ficado sozinho em meu mundo.
Será mesmo que quero amar?
Dói pra arrumar um, dói mais ainda quando ele se vai.
Não há como regular sentimentos,
e num olhar, está se amando novamente.
Mais vezes irei acender as velas,
morangos e a champagne no gelo,
e os aromas serão os mesmos.
Mas uma coisa sei que não….
ao olhar pra o lado, para minha frente,
verei você, diferente, não, até que meio pareceidinha com a outra,
mas está “valendo”.
Quando você dormiu, roncou, e quase colou o rosto
na baba que escorria de sua boca, no travesseiro
de penas de ganso, eu pensei…
As histórias sempre se repetem,
o amor não é criativo!
Já temos esteriotipado o amor em nossas mentes,
e como vamos demosntrá-lo a pessoa amada?
Um não será nada original, refazendo velho e falidos rituais,
e a outra, uma mentirosa dizendo que “ai amor…que lindo!”
como se fosse a primeira vez que tivesse tomado
champagne com morangos, e sentindo o perfume de
incensos de yang-lang pra dar um clima afrodisiaco.
Porque não somos originais?
Precisamos fazer mil rodeios pra demonstrar o afeto, o amor,
quando na verdade eu podia te mostrar que amo,
lhe dando um gole de café naquela minha
caneca de estimação, com desenho do snopp,
ou estando perfumadinho com o sabonete da promoção
que tinha no mercado.
Estarei limpo e cheiroso, e isso não mudou meu amor.
Tudo bem! eu paro.
Você deve estar achando loucura e nada romântico nisso.
Mas o ramantismo está na simplicidade e autenticidade.
Ninguem é um contante “publicitário”, que se mostra,
se divulga para amar.
O amor é falido, quando queremos voos muito distantes,
não percebendo-o ao nosso lado,e nem dando valor a gestos menos elaborados.
Se estamos enamorados, podemos sermos nós mesmos, puros,
sem medo de fazer feio, como aquele namorado- amante que antes de casar leva à pretendida
nos melhores locais, nos melhores motéis, mas e depois?
Nem o tapetinho da sala é lembrado, pra dar uma variada.
O amor não sobrevive a monotonia. Amar é inovar!
Quando não inovamos, é porque não nos damos mais conta da presença do amor,
tudo é igual, e as dores de cabeça, e o “dormir de bunda” já não são fatos
a serem comunicados, viram comuns. O fato seria mesmo, comunicar que esta com tesão,
e que se quer amar e ter prazer.
Esse já seria um fato inusitado depois de anos.
Mas o amor, muito além de tudo, é pra ser sentido, ser amado.
Enfim ele mesmo o amor, fonte de tanta inspiração, pode ser o vilão da história?
Não é ele, mas os enamorados, os amantes,
Podemos inovar, fazer diferente a cada dia, ou tentar novamente.
Mas uma coisa podemos deixar como está, ou não?
Para inovar não será necessário mandar rosas amarelas dizendo no cartão
que “eu te amo”, só porque ela gosta da cor amarela. Ama o amarelo.
Poxa se ela ama o amarelo, inove. Mande rosas vermelhas com o cartão
“eu te amo”. e surpreenda! Seja o vermelho, seja amado!
Amar é isso!
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Escrita em 15/09/2010 – 20:30 h
Imagem original:http://www.e-familynet.com
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Na caminhada…
Anderson Tomio
Haviam conchas na areia,
brancas, amareladas, várias delas,
formavam pra mim um tapete,
em minha caminhada a beira mar.
O sol se despedia, num último lamento,
beijava as águas a se esconder.
Até que encontrei uma pedra em meu caminho,
porém antes de desviar ou tirá-la dali,
parei à contemplar.
Por um instante fiquei imóvel,
mas peguei a pedra em minhas mãos,
sentei na areia seca e fiquei a contemplar,
o peso, tamanho, textura….viajei.
Percebi que aquele fragmento de matéria,
fazia parte do mesmo mundo que eu.
Em pensar que na simbologia do tal pedaço,
dos “atirar pedras” usado na linguagem cotidiana.
Lembrei que costumo pensar que,
as pedras que atiram à mim edificaria um castelo,
esse já quase pronto, também aguardo que me lancem
terra para que eu possa fazer o jardim.
Mas quando o jardim estiver pronto,
com árvores, frutos,
cultivarei uma rosa especial,
me refugiarei definitivamente dentro de meu castelo?
Ou ainda com outras pedras, serei louco,
de erguer a mais alta torre,
e me arriscar a observar tudo do alto?
Verei lá de cima, o horizonte,
a praia, as conchas e as pessoas
de forma diminuta…
Deixarei o contato com elas,
não sentirei mais o prazer da brisa do mar em meu rosto,
nem mesmo a massagem em meus pés feitas pelas conchas na areia?
De que me adianta ter o castelo, minha fortaleza,
se nela não permito acolher o outro,
que me atira pedras ou ainda está a edificar o seu.
Haviam conchas na areia, o sol num último lamento
a se esconder nas águas do mar, continuarão,
a vida continuará,
mas a minha estará passando,
se do alto de minha torre, não descer,
baixar a ponte e fazer parte do mundo.
Não serei fraco, serei forte o bastante,
porque não mais caminharei sozinho,
você e tantos outros de pensamentos afins ou não,
estarão ao meu lado e caminharemos juntos!
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Escrita em 14/09/2010 – 01:05 h – ao som “A conquista do paraiso” –Vangelis
Tem como objetivo fazer-nos refeltir, pela convivência em sociedade, pelo respeito,
porque estamos todos habitando o mesmo “castelo”.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
No MSN com a Chuva.

Ok, á adicionada.
Online, fazer chamada de voz,
……. aceitou.
Oi, tudo bem?
Chuva, precisava mesmo falar com você, que bom que me adiconou.
Assim, então….. ,tenho que te contar uma coisa, pra ver se você vem logo.
O sol está ao alto, forte, a energia dele queima o chão seco,
você não vem, não é de agora.
Por onde andam essas gotas de vida?
As plantas secaram, o chão rachou, queimam meus pés ao caminhar.
Ah chuva! porque não vens?
Estás agindo igual a amigos distantes, aparecem confortam e somem na imensidão do mundo.
Mas sabemos de seu regresso, não sabemos a hora.
O poderia eu ter feito a você chuva?
Magoado comigo?
Quê? deu interefência, mas ó,
escuta, tenho agido de forma tão consciente, olha, eu separo lixo, eu limpo quintal,
não corto árvores, mas também, a volta de minha casa há um lindo ladrilho.
Sabe, escolhi na melhor loja da cidade, a fábrica então,
enorme, tem milhões de metros quadrados .
Mas eu não desmatei nada viu.
Não foi eu, eu sequer mato um inseto,faço tudo certinho.
Mas ontem fui a uma pizzaria, já que você não veio pra “molhar” o meu passeio.
Mas não foi uma pizzaria qualquer,sabe aquela famosa , pela massa,
humm da água na boca só de lembrar, também, o forno é a lenha, deixa massa com sabor especial.
Mas eu, eu nao desmatei nada, heim, jamais peguei num serrote se quer
pra cortar um galhinho assim…ó pequenininho.
E você teima em não aprecer né chuva.
Isso já me deixa de cabelo em pé, porque você quando vem,
faz igual familia quando vai pra praia, leva tudo que vê pela frente,
e deixa uma sugerada quando vai embora.
Mas eu não faço isso nâo heim, na praia, recolho meu lixo direitinho,
ponho tudo numa sacola só, e jogo no lixo comum mesmo,
pra não perder tempo no passeio.
“Mas tá vendo né chuva”, estou fazendo minha parte bem certinho.
Me revolta quando vejo que muita gente não faz,
que não dá bola para preservação.
Agora está ai o resultado, seca demais, chuva de menos,
ou então chuva de mais, sol de menos.
Tem horas em chuva, que acho o mundo igual um chuveiro ruim,
hora esquenta demais, hora fica frio, hora sai muita água, hora só alguns pingos,
mas isos também não é tão dificil de resolver.
Comprei um chuveiro novo!
Ultimo tipo, tem até controle remoto, comando a distância as funções.
O jato de água, nossa uma beleza sabe, dá vontade de ficar horas ali no banho.
Uma maravilha!
Mas olhe nem se preocupe, eu economizo água.
Já que você nãp aparece, ó chuva,
eu fecho a torneira pra escovar os dentes e
o carro só lavei duas vezes essa semana, pra economizar um pouco.
Mas você chuva, podes me dizer quando vens?
Sim, já está fazendo falta, e muita.
Mas ó, vem com calma viu, mata nossa saudade aos poucos,
porque da última vez que você veio, pensei que não iria mais embora,
ficou por dias direto marcando presença.
Posso te esperar?
Certo então? te aguardo.
ok.abraço!
(offline)
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escrita em 13/09/2010
Imagem: criação minha no photoscape
A força do sorriso
Anderson Tomio
Eu sei de onde veio, o sorriso,
não sei de onde veio, as lágrimas,
mas sei de onde eu vim.
O tempo me guia, e vivo!
A alegria do sorriso transborda de meu ser,
e me abasteço das lágrimas.
Estas insistem em não rolar,
permaneçem em meus olhos,
embaçam a visão.
Mas me sinto feliz, sorrio,
então as lágrimas vão embora,
toda escorrem face abaixo,
buscam a terra, morrem.
Eu contemplo minha alegria,
minha serenidade, a força.
Não fui abalado, mas refleti,
pensei em cada uma delas,
mas isso me deu mais forças, para então sorrir.
Minha alegria vem de dentro,
as lágrimas vem de fora,
mesmo lançando-as à mim,
mas não há lágrima que resita
a um sorriso.
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escrita em 13/09/2010 – 14:15h
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Minha Terra
Anderson Tomio
( Praia do Morcego –Itajaí-sc – Morro onde tem a caverna do Morcego)
Eis a bela terra,
que banha-se nos mares e bronzeia-se ao sol.
Eis a terra que é fértil, que nela tudo planto, tudo cresce e também floresce.
Eis a terra da igualdade,
onde a felicidade, a amizade e a alegria,
não disputam espaços com a bondade.
Eis a terra do trabalho, onde se faz, não espera,
onde busco, procuro, não dependo.
Eis a terra, que não é terra, é estado, é nação é país.
Eis a terra que se diz, terras boas, coração
essa terra que é sentimento, é amor,
essa terra que é humana,essa terra que une, soma,
Eis a terra que sonho, minha terra, a terra da união.
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escrita em 26/07/2002
Imagem:arcadenoe.ning.com
Mundo Inteiro
Roberta Campos
Quero ver você com esses olhos
Olhando para mim olhar inteiro
Falo bem baixinho e completo
Passando a mão no teu cabelo
Esqueço que a hora passa e invento
Um modo de ficar por muito tempo
Seguro tua mão e me contento
Fazendo isso durar por toda vida
Eu vou, eu vou, eu vou
Ficar com você amor
Quero ver você com esses olhos
Olhando para mim olhar inteiro
Falo bem baixinho e completo
Passando a mão no teu cabelo
Esqueço que a hora passa e invento
Um modo de ficar por muito tempo
Seguro tua mão e me contento
Fazendo isso durar por toda vida
Eu vou, eu vou, eu vou
Ficar com você amor
Se me disser que amanhã é tarde
Te falo mil razões que me invadem
Preciso de você o mundo inteiro
Agora que já sabe da um jeito
Eu vou esperar você amor
Pode ser o tempo que for
Eu tenho a eternidade aqui comigo (2x)
Se me disser que amanhã é tarde
Te falo mil razões que me invadem
Preciso de você o mundo inteiro (parada)
Agora que já sabe da um jeito
Eu vou esperar você amor
Pode ser o tempo que for
Eu tenho a eternidade aqui comigo (2x)
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Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=VWlmMomL8-0&feature=related
Passagem
Anderson Tomio
Cintilante quão branco,o véu amargo,
ferro, fere fundo o coração,
no topo, águias, víceras, fétidas, imundas,
passagem animal rumo ao planetão,
carece, cresce, adormece, emudece na alma,
que recria, gris, o brio, vive e vivera num morrer,
de dores ao acordar e rumores num falar,
de duas tias, de duas vias, num falecer cheio de dores,
primas, elas ligadas cultos e ocultos, chamas,
inocente pueril, vil , na porta do covil,
arde em chamas, dói nas dores,
atemporal, fragemento de pele, pó de ossos,
remorços, covis, gris, que viraram capacho,
sem laço, sem luxo, são lixo, são claros,
retrato da falência, da ausência da missão.
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escrita em 04/08/2010 – 14:25h
Imagem:fecer.blogspot.com
Com auxilio de M.B – 01/08/1976
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Momento Mágico!
Anderson Tomio
Te olhei nos olhos, silenciei,
buscava neles algumas respostas,
mas acabei encontrando-as em teus lábios.
Tudo o que eu queria saber,
me disseste em silêncio, tudo.
Meu coração concordava com todas a palavras,
e te sentia no mesmo ritmo,
nossos corações se alinharam em uma mesma melodia,
e o tempo parou!
Por um momento não escutei nada mais,
nem mesmo sentia na pele o toque do vento,
apenas senti o teu toque,
apenas escutei a tua respiração,
que ouso afirmar,
que se não estivesse contigo em meus braços,
eu havia levitado.
Teus olhos, tua boca, sorriso,
neles vi a minha felicidade,
traduzida num olhar e
sentida num beijo.
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escrita em 08/09/2010 – 19:50 h
Imagem original:kalinesia.com
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Saudades!
Por Gabriel Contine
Grandes amizades que temos hoje em dia com cada colega, amigo seu desde pequeno, nasceram praticamente juntos, sem saber o que o futuro lhes guardava.
Quando tornam-se jovens descobrem que aquele dia virá de qualquer jeito, trazendo a dor de um aperto no peito. Levando seu grande amigo embora de suas mãos.
Nesse instante, que você lembrará de todos os momentos felizes e tristes juntos com o seu querido, vendo sua foto junto com ele, onde a dor vai aumentar e você vai implorar para estar perto dele.
Contatos haverá sim, porém pouco, uma simples conversa no Messenger, uma ligação rápida que logo acabará, e depois disso contato pelo menos uma vez no mês e olhe lá.
Por isso, curta seu amigo enquanto estão perto, faça de tudo pra viver rindo esse resto do tempo que falta! Fique junto dele aos momentos de felicidade, quanto de tristeza, porque só depois de muito tempo que você irá conseguir tirar essa tremenda SAUDADE do seu coração.
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segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Música
AndersonTomio
Música,
trilha sonora da vida,
ecoa,soa ao ritmo do coração,
vocalizo, canto versos, prosas,
danço feito poesia,
mas nao me preocupo,
deixo fluir, canto.
A vida se torna feliz,
a música parece leve,
nela flutuo, nela vago,
viajo nos pensamentos,
me solto nas palavras,
ecou na música,
minha trilha sonora,
fecho os olhos, imagino
flutuo nas notas,
os acordes me elevam
voo, encontro meu céu.
Minha música, minha trilha sonora.
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escrita em 06/09/2010 – 20:15 h
imagem: www. institutomarcelomendes.com.br
Momento
Anderson Tomio
O que falar na hora que o silêncio diz tudo?
Quando você já olha e nem sabe porque, já gosta.
Passa um filme na cabeça, não sabe se deve,
mas emfim, ja está ali, acontece.
Não adiante, nem planejar,
é preferível que as coisas aconteçam de forma natural,
e mesmo sem o momento esperar,
o momento aparece, único.
Ele flui, escapa pelas mãos, encontra um sorriso,
criam-se imagens, relembram épocas,
que as vezes não foram tão belas,
mas que encontram por si só, a beleza,
e se tornam únicos, pela sua magia.
Um semblante feliz, me deixa feliz,
que magia, que momento!
Eternizo na memória, porque sei,
que se perderão no tempo,
e não conseguirei mais encontrá-lo.
As pessoas se reencontram,
mas não reencontram o momento.!
São únicos, como a beleza interior do ser,
como a beleza da vida.
Simples, sensível, sútil,
momentos carecem desses ingredientes
e muita, mas muita emoção.
ah momentos!
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escrita na madrugada de 05/09/2010 -
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
A carroagem…
Anderson Tomio
Em cada acorde da vida, um som,
vários deles formando a tua música,
um tom acima, de superação,
eleva-se os graves, ecoam os agudos,
cantas, vives, ousas,
uma melodia nasce, toca,
o coração pulsa, no ritmo,
os olhos distantes, veem ao longe,
não piscam, contemplam o horizonte,
traçam-se rumos, analisam-se os caminhos,
criam-se as metas, objetivos,
nada detém, nada segura,
concentras, dás o primeiro passo,
o inicio da explosão, soltas tua força,
canalizando a energia pra vitória,
a melodia, o som da vida,
os tambor coronário destaca-se,
os agudos sussuram, os graves se elevam,
vences, chegas ao fim da trajetória,
és forte, és exemplo, és campeão.
Quisera repetir sempre a música na tua vida,
nas alegrias, mas por em alto volume,
nos momentos mais tristes,
e alegra-se, vencer mais uma vez!
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escrita em 03/09/2010 –22:45 h – ao som de Carrogens de fogo – Vangelis
Imagem:http://cinemacomrapadura.com.br/filmes/962/carruagens-de-fogo-1981/
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Primeiro ato
Anderson Tomio
Bom dia!
E o sol ilumina o quarto,
adentra sem permissão, pela janela,
os olhos se fecham pelo clarão,
corpos nus são revelados,
o sol nem ousa aquecer, tímido,
os corpos ja quentes se tocam,
se esfregam, se abraçam, se unem.
Sinto a tua respiração,
sentes o meu calor, suo,
beijo-te sentindo teu gosto,
toco-te sentindo as pulsações,
age-se, movimenta-se
o prazer do ato, o caminho do êxtase,
entregam-se, caem.
As pernas não nos dão sustenção,
mas não é preciso, flutamos,
entrega-se, deita-se
há outros toques, tato,
o ato,o fato, as vontades.
Não é preciso falar,
os olhares dizem tudo,
os corpos relatam,
entregam, relaxam,
deitas em meu peito
sinto, afago, suspiro.
Foi belo, foi bom, foi fato.
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escrita em 02/09/2010
Imgem: umvazio.blogspot.com
Pela estrada…
Anderson Tomio
Pela estrada sigo, caminho…
posso habitar em lugares inóspitos,
percorrendo o desconhecido
tatear no chão, apoiar-se nas paredes, viajar.
Olhar ao longe, contemplar a vida, recolher-se no interior,
mergulhar dentro de si.
Tateio pela minha vida, reflito sobre as vivências,
em alguns momentos, me deparo com erros, vários deles,
outros no entanto, vejo acertos.
Procuro em meu caminho, não mais tirar as pedras,
mas transpor, andar deixando-as pra trás.
E sigo!
Caminho sozinho, faço meu ritmo,
mas quisera caminhar contigo.
Mesmo em silêncio, andar de mãos dadas.
Sentir no rosto, a brisa da vida,
impregnar-se com teu perfume,
e passar a tatear pelo teu corpo,
viver pelo teu sorriso.
Não quero caminhar sozinho!
Nem mesmo sei se tenho forças,
para ir ao teu encontro, almejo,
mas a minha estrada, mais a frente,
tem um cruzamento, onde podemos nos encontrar.
Quisera assim, talvez, quem sabe, vai ser.
Te encontro lá!
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imagem: cativagoogle.blogspot.com