**Postagem publicada dia 26/04 e editada dia 30/04/11 – 20:30h
já consta o resultado do sorteio realizado
em comemoração ao aniversário do blog.

Foto meramente ilustrativa – capa do livro sorteado
Muito de mim, um pouco do mundo: a união substancial da alma, das palavras e das bagagens que agrego do mundo. Blog focado em poesias, crônicas e textos de minha autoria. * Ano 14 *
**Postagem publicada dia 26/04 e editada dia 30/04/11 – 20:30h
já consta o resultado do sorteio realizado
em comemoração ao aniversário do blog.
Foto meramente ilustrativa – capa do livro sorteado
Anderson Tomio
Ontem eu pensei no meu futuro,
um desvaneio louco ou pura sanidade,
mas não era o fim,
era o começo e recomeço de um amanhã,
via na vida o terrível medo de enlouquecer,
achei na morte o mais puro alento
pra me confortar, e parti.
Busquei nas estrelas a fagulha que me deu a vida,
busquei nos montes o perfume a me embalsamar,e achei
Vi nos olhos serenos a profundidade de um olhar
que me via na alma o que era antes de findar
o que eu tinha em mim antes de empoirar,
minha essência revelada com meu caminhar.
E silenciei na esperar do que podias me dizer
querendo as palavras para um alento
a me tranquilizar, que a vida foi e a vida veio
para se revelar.
Nada é em vão, nem mesmo o grito num peito
a emudecer,
nada é efemero, nem a gota so suor que escorreu
nada, é o nada que só tem tudo e sabe o valor,
não é o fim , e recomeço, é trajetoria e vivenciar,
que o passado o presente e o futuro
só me pertence quando então eu partir,
que o agora é misto de um pouco e tudo
nesse meu caminhar,
que as plavras são soltas nesse meu interpretar,
interpreto a vida, vivo na horas desse entardecer,
sem meio, um fim que começa ao amanhecer
buscando o sol, que aparece depois do luar
e silencia, respira a brisa e encontra o mar
a vida que segue, o universo a rege
a música que ouço,
e o acorde que toca, num ressurgir,
as carminas, os fígaros, os boleros,
a me embalar,
e jogo aqui, minhas chances de então eu ser,
ser o presente do ontem esperando o amanhã,
na tarde que finda, meu adormecer.
E sonho, me vejo num eterno voar,
percebo sou eu no céu a planar
e o sabor do vento que eu degustei
na brisa quente, tão terna,
que me acolheu, sem exitar,
me deixando ir, voei,
e nos braços do vento adormeci.
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escrito em 10/04/2011 – 18:49 h
Por Anderson Tomio
Não lembro o meu passado, resolvi esquecer bem a parte que eu não gostei. Tinha ali um pouco de tudo, mas um rio corria feito turbilhão, rodando em circulo num movimento sem fim. Hoje não faço questão de lembrar-me de forma explícita, mas sei muito bem o que tem ali naquela “gaveta escura” e prefiro não revirá-la. Mas é inevitável uma coisa:
Dê que forma conseguimos esquecer momentos ruins de nossa vida?
Podem dar mil respostas! E acredito ser a mais numerosa delas, a de sugerir sobrepor o ruim com um momento e coisas boas. Boa tentativa!
Mas o que se sobrepõe sufoca o que está embaixo, mas não apaga. E assim, a meu ver, acredito que não conseguimos esquecer coisas ruins, marcantes, porque temos na nossa sapiência, em nossa característica, a de enfatizar o negativo e deixar o positivo pra horas de euforia. E a vida segue!
Frieza não é o que quero, nem muito menos, relevância, o que busco é pensar.
Rever a minha história, sugerir que você reveja a sua e encontre nas memórias segredos que você não mais lembrava, mas estavam ali adormecidos numa “gaveta escura” de sua memória. Usamos tantas formas de colocar o que foi ruim na gaveta, seja sobrepondo por coisas boas, seja evitando associar semelhanças ao fato, seja, simplesmente dizendo, que não se lembra dessa época.
Somos espertos, tentamos de algumas formas enganarmos nossa mente, mas ela ágil e rápida, Põe o que queremos na tal gaveta, mas cria um “backup” pra uma eventualidade que fará com que tudo venha à tona, como uma mola, de forma inesperada e veloz. São traumas que acordam.
Neste ponto, eu fico pensando nos traumas de massa. Nas dores e emoções em cadeia, que causam grande repercussão e ativam efeitos dominó.
Exemplo:
Vou citar dois na verdade, em questões diferentes.
· Morte do ex-vice presidente José Alencar
· Massacre na Escola Municipal Tasso Oliveira, Realengo/RJ
No primeiro caso, uma morte, onde o a vitima é vista como herói, porque buscava a cura ou a melhora pra quadros clínicos decorrentes do câncer, o que levou em tempo aproximado 16 anos e muitas intervenções médicas.
No segundo caso, também morte, mas agora de vários indivíduos crianças, que estavam em uma escola pra estudar. São alvejadas por tiros provenientes de arma de fogo que estava sob poder de um ex-aluno, que se dizia humilhado nos tempos escolares.
Não discordo que ambos os casos, são lamentáveis, mas um sobrepôs ao outro um “apagão” Houve comoção em massa no primeiro caso, ouve comoção em massa no segundo caso, e na sucessão de emoções, um fato colocou o outro na “gaveta escura” que se fará comover novamente a cada lembrança como se vivêssemos tudo novamente. Bom, devem estar me perguntando onde quero chegar..., pois bem aqui mesmo; que nossas lembranças ruins são sobrepostas de outras e camufladas na mente. Nesse ponto, podemos criar ou não o bloqueio, voluntário ou involuntário, mas na maioria dos casos, voluntário, mas de forma inconsciente. Quando afirmo isso, não busco em livros de psicologia ou mesmo de áreas que poderiam explicar como a sociologia e a antropologia, no sentido de estudarmos o comportamento social humano e a história do homem frente a isso de forma mental e física.
Meu ensaio, nada mais quer convidar você a refletir comigo, como nas questões coletivas, a vida em sociedade, se não nos “antenar-mos” somos levados pela maré. Seja ela de fato, coerente, ou mesmo um frenesi sem precedente. Os sentimentos de massa são perigosos. Podem ser, de revolta social político econômicas, de medo e insegurança, ser um canal de voz, as minorias que se tornam percebidas, vistas e atribuídas importância.
Sempre que ocorre algo assim, penso em quantos milhares de brasileiros nem se quer analisaram a situação ao qual se revoltaram e se sentem também revoltados pelo movimento que se apresenta. A massa gera massificação! Obvio, mas de muitos sentidos, sujeito a muitas analises.
Já refletiu? Pois bem, aja por você, expresse os seus reais sentimentos, e só faça parte da multidão, se ela estiver fazendo parte de você, caso contrário, reme contra maré e perceba nesse oceano.
Respeito ambos os fatos mencionados. Ambos que entristecem muito. Mas eu tinha que utilizar algo de relevância, algo com que você também possa ter visto e sentido, se não de nada valeria ensaiar.
Num breve resumo, buscar o entendimento de nossas emoções, serem também racional, porque as emoções nos impedem de agir de forma coerente.
É arriscado! Mas sei que amanhã muitos terão esquecido o massacre, como já esqueceram o ex-presidente e assim por diante. E o que fizemos?
Vimos tudo ocorrer diante dos olhos, fomos e somos testemunhas oculares da história e nem pra isso fazemos mudar o rumo de nosso futuro.
Deixo com o objetivo de instigar o pensamento, a pergunta:
O QUE VOCÊ QUER VER AMANHÃ NO NOTICIARIO QUE TERÁ CAPACIDADE DE ENVOLVER EM MASSA OS BRASILEIROS?
P.s: desafio mesmo é envolver grupos sem a mola das emoções.
Posso ter escrito algo que você não concorde ou tenha a acrescentar, mas de forma a expressar o que penso, ensaiei.
Anderson Tomio
Entre o sonho e a loucura,
um estalo,
entre o branco e o preto,
o cinza,
entre ao céu e o inferno,
a terra,
entre a vida e a morte,
o desejo,
entre eu e você,
a distância.
Meu sonho, chegar ao futuro,
a loucura, apreviar o tempo,
do cinza,
só os traços de meu grafite,
e no céu o desejo de voar,
o inferno nem quero pensar,
mas na terra permaneço,
meu habitar,
de mim, só um segundo
de você, uma eternidade
e os pontos se ligam,
o futuro chega,
o que era sonho,
acontece.
Juntos!
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escrito em 07/04/2011 – 19: 40
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