Anderson Tomio
Este “ser” , invisível, imprevisível,
que mexe com a mente, que assola corações.
Loucura, somada a sanidade, um flash,
relapsos de coragem , colapsos de incapacidade,
que fecham as garras tenazes, sufocam,
a respiração que ofega.
Ser cruel és tu, o medo!
Que me assolas nas horas em que me encorajo, viver,
no tempo em que ouso, ser.
Quem tu pensas que és, o que tu pensas que podes?
Diante do amanhecer me vejo tão grande,
mas se me afrontas, reduz-me, encolho.
Porque queres tomar conta de mim?
Que vais ganhar tendo-me seu refém?
Larga-me e segues teu caminho,
procuro o meu, sem atalhos,
pois neles tu se escondes.
Como vento sutil, me entornas,
como álcool inebria-me,
e igual a noite,
colocas me o véu, cobre-me o olhos.
Deixo de ser, paro onde estou, ou mesmo recuo,
porque somente tu me conduzes.
Mas não entendo porque permeia-me
porque em mim se instalasses, me contas?
Ser do bem, ser do mal, não sei qual discernir,
mas sei, que me detém, freia-me,
circundando meus passos como quando
aprendera à andar.
Se tento ser mais forte, pulso, acelero,
me tiras o ar, me fazes suar, acabas comigo.
Se me rendo, desmonto, caio ao chão,
desabo em prantos, por não ter te vencido.
És cruel ó medo!
Que tenho medo, me tens medo,
nos temos, eu tentando,
você me tendo, cercando-me,
permeando minha mente,
fazendo que eu seja fraco,
outrora tão forte na eminência de te vencer.
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escrita em 28/09/2010 – 19:05 h
Imagem:blog.cancaonova.com
A função do medo é instalar o Pânico, mas ele resiste e persiste até que sua vítima conscientiza que ele é uma sombra fraca... minando sua força.
ResponderExcluirParabéns
Bjsss