
Parou no ar e não foi além meu suspiro,
mas minha energia propagou-se , indo ao teu encontro,
eu sorri e olhei para o céu,
como luz, minha borboleta itinerante
que busca o sol dos trópicos fugindo do frio de meu coração
e parou bem aqui.
Esfreguei minhas mãos emanando meu calor
ainda que o frio da tua ausência me paraliza os lábios,
não consigo te chamar,
mas as lágrimas caem buscando um rio que vá a seu encontro,
e fico feliz com essa esperança.
Na relva úmida da encosta da montanha,
repousei buscando fôlego para subir,
quero o lugar mais alto, com a melhor vista
para acenar com meu amor irradiando a luz de meu olhos
como um farol te indicando a direção a seguir e venha.
Os lábios tremem como de frio, mas pulsa no ritmo meu coração
e a voz baixa, rouca e embargada fala que ama,
num cair por terrra, ajoelho-me ao topo do mundo,
do meu mundo, o mundo que eu te darei
e minha lágrima molha a flor azul
do brilho de seus olhos.
Floresce ó vida, nasce ó amor que era frio,
ressurge, rasga meu peito e voa,
juntam-se a ti com as asas formando um leque,
vagando pelos céus numa dança de amor,
eu e você minha singela borboleta.
Sente meu cheiro, pousa em peito em flôr
que desabrocha em coração florescendo amor
sinta minha vida, carrega meu polém
e propague vida.
Eu de peito aberto, no alto da montanha
contemplo teu voo ao infinito
mas se suas asas cansarem e quiseres repousar
estarei aqui, todo em espera
pelo teu pouso de amor.
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escrito 28/02/2011 – 20:35 h
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