Seguidores

sábado, 13 de julho de 2013

O marinheiro florista…


Anderson Tomio                                                                     


Meus pensamentos ultrapassam as janelas do quarto,
as escotilhas da minha nau navegam,
já transpuseram a tempo as da alma,
seguiram feito plumas, perderam-se no vento.
Penso e repenso, imagino e vejo,
teço em meus poros a essência do meu pensar,
jogo-as ao vento na espera,
de que seja inalada, sentida,
percebida a essência das palavras,
em meus pensamentos, ganham vida,
só seres, são companheiras, sou eu.
Dou um pouco de mim em cada letra,
imprimo minha marca, aspergindo meu perfume,
no que teço, no que crio, no que escrevo.
Vivo, morro, nas palavras me recrio,
reinvento-me e me sinto novo.
Pensar, vagar, viajar,
as letras me levam pelos ares,
a idéias pelos mares,
e navego, semeio no tempo,
sou marinheiro florista,
sou eu, é inicio, é alfa,
é secundário é beta,
mas as idéias partem de mim,
sem fim, sem ômega,
pela janela do quarto,
pela minha janela,
pela minha alma.