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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Dia do Escritor

Anderson Tomio

 

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Antes de marcar nas veias da celulose

O que viera a ser papel, papiro, base de meu pensar,

eu já escrevia pelo tempo o que viera a dialogar.

Antes do pingo, o respingo da letra que surge,

da palavra que nasce com medo, silencia pra dentro do peito

e não ousa ecoar, antes dela eu já estava,

perdido no tempo, vago no espaço

criando no dia e na noite os versos a declamar.

Palavras que vem, pensamentos que se vão, partem,

repartem-se e criam e recriam num breve aprimorar.

Palavras que buscam o toque do ouvido alheio,

que saem do coração, do seio, num afago de um ninar.

Ontem que era primavera em flor,

num botão de mero sorrir, abre-se em sorriso flor,

falando aos ventos e cantos, cantando ecoando no espaço

as vestes da língua a dizer.

Antes que o verso- se tornasse rima,

que o verso enamorasse a prosa,

o amor já compunha o trecho,

palavras polidas, o seixo do sentimento

que desenrola, rola por entre os dentes

na busca de um repente, na rima do meu viver.

E o dia se finda a noite,

veste-se de muitas estrelas, no breve repousar,

que silencia e acalma o céu,

que vibra com o vento e eu respiro,

da boca que céu capela,

num sino a tocar.

Palavras de pouco brio,

bem puras feito o orvalho,

que escorre por entre veste que é do meu ser.

Vive, planeja e cumpre,

todo o curso, em breve discurso,

de palavras que é viver.

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imagem:http://listasliterarias.blogspot.com/2011/07/10-curiosidades-sobre-carreira-de.html

3 comentários:

  1. Que belo esse poema.
    Parabéns amigo pelo dia de hoje, que um dia não seja tão difícil nossa jornada, e que nossas letras façam alguma diferença em nosso país tão sedento de cultura.
    Um abraço

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  3. Anderson,
    Gosto de teus poemas eles informam uma profunda reflexão sobre o viver, o sentir e o amar. Parabéns, JAIR.

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